Você já ouviu falar de Greekpunk? Não? Bem, não se preocupe. Na verdade, eu acabei de inventar o termo, enquanto começava a escrever este texto. Você sabe, como naquela mania de colocar o sufixo —punk em qualquer coisa para criar um gênero fantástico instantâneo; desde o cyberpunk original já se seguiram o steampunk, dieselpunk, clockpunk, elfpunk…
No caso, estou usando o neologismo para descrever aquela onda de filmes recentes inspirados na mitologia e história gregas. Desde 300, parece que o cinema de fantasia e ação decidiu adotá-la como fonte fundamental de idéias, dando origem a uma dúzia de produções duvidosas em que os seus mitos e temas são interpretados livremente, com uma fotografia escura e suja e combates agigantados pelo uso indiscriminado de câmera lenta. Pense na refilmagem de Fúria de Titãs e a sua continuação, em Imortais, Troia, no próprio 300 e sua sequência que está para estrear…
Se a qualidade dos filmes pode ser questionável, no entanto, é bem verdade que eles conseguem ser bastante evocativos em criar uma Grécia mítica misteriosa e sombria. O tipo de cenário que, se parece kitsch demais para um cinéfilo, para um jogador de RPG pode ser bastante inspirador na hora de criar aventuras. A bem da verdade, eu mesmo já falei que um dos principais filmes do gênero se desenvolve praticamente como uma sessão de jogo; então realmente não é difícil dar o passo seguinte e de fato jogá-las assim.
No resto do texto, assim, seguirão algumas dicas e informações básicas para você utilizar a Grécia mítica na sua mesa de jogo.
A Grécia
Antes de mais nada, conheçamos um pouco do ambiente onde as aventuras acontecerão. O povo grego é descendente dos aqueus, um grupo étnico que por volta do século XV a. C. dominou a região da Península do Peloponeso e a ilha de Creta, conquistando a civilização que existia lá. Posteriormente, outros três grupos aparentados viriam a se sobrepor a eles, dominando diferentes porções da região: os jônios, os eólios e os dórios, que seriam os fundadores das principais cidades gregas.
A principal porção da civilização grega se estendeu pela região da Península Balcânica, incluindo as penínsulas Ática e do Peloponeso; pelas diversas ilhas do Mar Egeu; e também pela Ásia menor, na região costeira da Anatólia, onde hoje fica a Turquia. Colônias menores, no entanto, se formaram desde a Península Ibérica até a costa do Mar Negro.
O mapa abaixo ilustra as principais regiões e cidades gregas.
Alguns lugares que você pode achar interessante de pesquisar mais profundamente:
- Creta. Uma rica civilização existiu na ilha de Creta desde cerca de 2000 a. C., conhecida por seus grandes palácios. Por volta de 1450 a. C., esta civilização foi conquistada pelos aqueus, dando origem à civilização micênica. Entre outras coisas, a ilha é associada à história do Minotauro, que teria sido filho de uma rainha local; e também é lá, mais especificamente no Monte Ida, que se situaria a caverna onde o deus Zeus nasceu e foi escondido pela sua mãe para não ser devorado pelo pai.
- Monte Olimpo. A montanha mais alta da Grécia, onde se acreditava que os deuses do panteão grego viviam sob a liderança de Zeus.
- Atenas. Talvez a mais famosa cidade grega, fundada pelos jônios por volta do século X a. C. Foi o principal centro da Grécia no auge da sua civilização, no século V a. C., e foi o local onde muitas das idéias e valores da civilização ocidental nasceram.
- Esparta. A outra grande cidade grega. Não finja que não sabe do que se trata! Foi fundada pelos dórios na Península do Peloponeso, de onde conquistou e subjugou boa parte dos seus vizinhos, estabelecendo a sociedade militar rigidamente hierarquizada pela qual ficou famosa.
- Tebas. A terceira grande cidade grega, fundada pelos eólios. Foi aliada de Esparta na maior parte da sua história, e teve um curto período de hegemonia antes de ser conquistada pelos Macedônios.
- Delfos. Cidade onde se localizava o Oráculo de Delfos, frequentemente procurado para fazer profecias e ditar a sorte de personagens importantes da mitologia e história gregas.
- Olímpia. Cidade famosa por ser onde se realizavam os Jogos Olímpicos, que serviam para integrar as diversas cidades gregas.
Pela mitologia, a historia grega é dividida em três períodos:
- A era dos deuses. Período que se seguiu à criação do mundo do caos primordial, em que os titãs e os deuses nasceram, e por fim a raça humana.
- A era dos deuses e homens. Período em que os deuses e os homens coexistiram e interagiram de forma intensa. É a época dos grandes semideuses lendários, como Hércules, Perseu e outros tantos.
- A era dos heróis. Época em que a atividade divina ficou mais limitada, e os deuses se contentavam em influenciar os mortais indiretamente, através de avatares ou visões. É a época dos últimos heróis lendários gregos, da Guerra de Troia e suas consequências diretas.
Praticamente todas as histórias de aventura inspiradas pela mitologia grega acontecem nas duas últimas eras, protagonizadas por semideuses e mortais heroicos contra seus inimigos lendários ou mundanos. Se quiser, pode-se adicionar aí ainda uma quarta era: a era histórica, a partir de aproximadamente VIII a. C., quando os registros escritos do grego arcaico começam a aparecer, e é possível conhecer mais profundamente a história das cidades e personagens reais que habitaram a região.
De qualquer maneira, você pode buscar facilmente informações sobre estas eras em qualquer site a respeito de mitologia grega (sim, até a Wikipedia), além, é claro, de todas as fontes originais de onde elas saíram, como os pemas épicos de Hesíodo e Homero. Mas não se preocupe também em se aprofundar demais: uma característica destes filmes é que a sua interpretação sobre a mitologia e história gregas são bastante, ahem, livres, com toda sorte de desvio e licença poética. Então não se preocupe em conhecer toda a história do minotauro, por exemplo, se quiser colocar ele na sua campanha; é só dizer que ele é um guerreiro bárbaro de dois metros vestindo um elmo com chifres, e esperar que ninguém note a diferença.
Abaixo seguem alguns temas e episódios marcantes que costumam ser considerados os principais de mitologia e história gregas. Você pode aproveitar algum deles na sua campanha, pesquisando-os mais profundamente, ou usar apenas como fontes de idéias básicas, de onde você pode desenvolver as suas próprias histórias.
O retorno dos titãs. Na mitologia, os titãs seriam os pais dos deuses, que, temendo serem substituídos por eles, tentaram matá-los e destruir a existência. Vencidos graças a Zeus, que venceu seu pai Cronos e libertou seus irmãos que ele havia devorado, foram presos no abismo profundo do Tártaro. No entanto, há sempre a possibilidade latente de que um dia eles retornem, atrás de vingança e do cumprimento do seu destino último de destruir a realidade.
Este é um tema comum em alguns desses filmes recentes, como Fúria de Titãs 2 e Imortais, e aparece até na animação Hércules, da Disney. Uma campanha baseada nesse tema seria de tons extremamente épicos, com o próprio destino da existência na balança. Há quem diga que é 3D&T naquilo que ele faz de melhor!
Se você parar para pensar, é um ambiente muito parecido com o da maioria dos cenários de fantasia de RPG. É uma época de façanhas grandiosas e prêmios fantásticos, com a presença dos deuses quase a cada virar de esquina.
A Guerra de Troia. A Guerra de Troia é o principal acontecimento da era dos herois, em que os reis gregos uniram suas forças para atacar e destruir a cidade inimiga. Pode ser uma campanha com temas mais militares, enfocando o cerco à Troia e as batalhas com os seus habitantes, ou, seguindo o roteiro da Odisseia, enfocando a viagem de ida ou de volta até lá, e os encontros com seres fantásticos no caminho. Há a sua dose de criaturas fantásticas a serem encontradas, e os deuses observam a tudo escondidos, mas o foco principal está muito mais nas atitudes e decisões dos personagens do que no momento anterior.
As Guerras Médicas. Aqui entramos já no campo da História com H maiúsculo, muito embora já haja uma idealização deste conflito que não deve em nada a muitas mitologias. Em 499 a. C., uma série de rebeliões na região da Anatólia colocou em confronto o Império Persa contra uma coalizão de diversas cidades gregas. Liderados pelo rei Dario, o Grande, e depois pelo seu filho Xerxes, os persas tentaram por duas vezes invadir a Grécia, e em ambas foram rechaçados por exércitos muito menores mas extremamente motivados. Foi o confronto que tornou célebre nomes como o do rei espartano Leônidas e os líderes atenienses Péricles e Temístocles, entre tantos outros, e que ficou marcado por batalhas hoje lendárias como a de Maratona e a das Termópilas.
Como já estamos no campo da História, os elementos fantásticos para quem quiser usar este tema serão bastante reduzidos. O foco, em geral, será a campanha militar, e o ambiente e conflitos entre os soldados. Mas, é claro, nada impede você de bagunçar as coisas um poucos, e, da mesma forma que o Frank Miller, encher os seus soldados persas de personagens exóticos e impossíveis.
Alexandre, o Grande. Bem, aqui já saímos um pouco da história grega clássica, e entramos em um período posterior. No século IV a. C., o rei Filipe II da Macedônia conquistou toda a região da Grécia. Seu filho, Alexandre, expandiria o império ainda mais, conquistando o Egito, a Pérsia e chegando até a fronteira da Índia, tornando-o um dos maiores de toda a antiguidade. Embora os próprios gregos se ressentissem da dominação, não reconhecendo os macedônios como membros da mesma civilização, a verdade é que estes deviam muito da sua cultura aos gregos, e a levaram a um segundo momento de auge, que ficou conhecido como o período helenístico.
Ambientar a campanha neste período pode ser uma oportunidade interessante de explorar toda a esfera de influência grega, e quem sabe até incluir elementos mais exóticos nas viagens para o oriente – as próprias conquistas de Alexandre foram bastante romantizadas por autores posteriores, em especial durante a Idade Média, quando surgiram diversos romances fantásticos descrevendo as criaturas exóticas e maravilhosas que ele teria encontrado. Se não, pelo menos é a oportunidade de usar filmes (um pouco) melhores como referência, incluindo o polêmico Alexandre de Oliver Stone…
O mundo grego pode abarcar diversos tipos de campanhas, desde a do jovem que sai da sua cidade em busca de fama e fortuna até o das lendas relatadas na mitologia em que grandes monstros são enfrentados. A diferença de um para outro em geral estará na pontuação escolhida para a campanha, conforme os patamares tradicionais do 3D&T:
- Novato (5 pontos). Utilize esta pontuação se quer que os jogadores sejam gregos comuns, como hoplitas, guerreiros mercenários, viajantes… Para manter o jogo ainda mais “pé no chão,” você pode querer dar uma olhada nas regras do capítulo Mega City Contra-Ataca do livro Mega City.
- Lutador (7 pontos). Nesta campanha, os jogadores poderão ser gregos mais importantes, vivendo seus grandes momentos históricos e convivendo com outros personagens de renome – pense em Leônidas e os seus espartanos, o general ateniense Temístocles, etc.
- Campeão (10 pontos). Os grandes personagens da era dos heróis, como Aquiles, Odisseu, Agamênon e outros.
- Lenda (12 pontos). Os verdadeiros heróis lendários gregos: Hércules, Perseu, Jasão e os argonautas, etc.
Nada impede, é claro, que você misture as coisas um pouco. Na refilmagem de Fúria de Titãs, por exemplo, Perseu, um semideus lendário, parte em uma jornada com soldados gregos comuns atrás da cabeça da medusa que lhe permitirá derrotar o, ahem, Kraken. Nesses casos, você pode compensar a diferença de pontuação concedendo àqueles de pontuação mais baixa alguns Pontos de Destino para melhor sobreviver na campanha: cada patamar de pontuação abaixo dá ao personagem 1 Ponto de Destino. Assim, um personagem Lutador em uma campanha de Lendas receberia 2 Pontos de Destino para compensar a sua diferença de poder. Mais detalhes sobre isso você encontra nos livros Mega City e Brigada Ligeira Estelar.
Além da pontuação, o mestre também deve ajustar a escala da campanha de acordo com o nível de poder que pretende ver em jogo. Em uma campanha grega, as quatro escalas de poder do 3D&T seriam equivalentes aos seguintes grupos de personagens:
- Ningen (x1). A maioria dos seres humanos comuns, desde um hoplita recém treinado até heróis como Odisseu e Aquiles.
- Sugoi (x10). A escala de poder dos semideuses: Hércules, Perseu, Teseu, etc.
- Kiodai (x100). Grandes bestas destruidoras, descendentes diretas dos titãs e outras forças primordiais que geraram o mundo: a hidra de Lerna, o Kraken, etc.
- Kami (x1000). A escala de poder dos deuses: Zeus, Poseidon, Ares, Atena, etc.
Normalmente não é recomendado misturar personagens de escalas diferentes – se você quer fazer uma campanha Sugoi, o ideal é que todos os personagens sejam Sugoi (quer dizer, pense no destino que os próprios supracitados soldados gregos possuem ao se aventurar com Perseu…). Se realmente quiser, no entanto, você pode tentar compensar isso concedendo alguns Pontos de Destino extras para aqueles de escalas mais baixas.
Os monstros classificados como Kiodai, por outro lado, são comuns em histórias envolvendo semideuses, que eu mesmo classifiquei como Sugoi. Não foi um erro: em tais histórias, estas bestas não podem ser vencidas por combate direto, mas apenas com truques e estratégias alternativas que anulem a sua diferença de poder. O Kraken de Fúria de Titãs, por exemplo, só pôde ser vencido usando a cabeça da medusa para petrificá-lo.
Semideuses
Semideuses é como chamamos os filhos de deuses e mortais. Ainda que sejam tecnicamente pessoas comuns, podendo ser vencidos e mortos como qualquer um, a centelha divina que receberam de seu progenitor garante que isso dificilmente ocorra, pois os torna muito mais fortes, resistentes e de maneira geral habilidosos.
Além disso, o próprio destino dificilmente permite que um semideus gaste seus dias como um simples mortal. Ele está sempre sob o olhar dos deuses, tanto seu pai/mãe como seus aliados e rivais, e invariavelmente acaba se tornando um peão nos seus relacionamentos e jogos de poder.
Assim, será incitado em algum momento da sua vida a partir em uma jornada de aventuras, realizar grandes feitos e derrotar inimigos poderosos, mesmo que não queira isso para si. Os próprios deuses não permitirão que ele fuja ao seu destino: uma onda de catástrofes o seguirá sempre que tentar desviar do seu caminho, matando seus entes queridos e forçando-o a usar seus poderes para a causa que lhe foi determinada.
Semideus (4 pontos)
- Resistência +1. A herança dos deuses é forte, e torna você mais duro e resistente do que humanos normais.
- Característica +1. Você também recebe um segundo bônus de +1 em uma característica à sua escolha, podendo inclusive escolher novamente Resistência.
- Destino. Um semideus é destinado a grandes feitos, e por isso recebe 1 Ponto de Destino (veja em Mega City ou Brigada Ligeira Estelar) para usar em cada sessão, independente da sua pontuação inicial.
- Herança. Todo semideus recebe uma herança do seu progenitor, que pode vir na forma de equipamentos mágicos, armas encantadas, invulnerabilidades e outros poderes únicos, ou mesmo uma montaria celeste especial. Você recebe 2 pontos, ou 20 PEs, para montar esta herança, adquirindo-a através de vantagens como Aliado e Equipamento, ou seguindo as regras de construção de itens mágicos.
- Maldição. Se o destino agracia o semideus com grandes poderes, ele também o obriga a cumprir a missão que lhe foi designada ao nascer. É impossível para um semideus fugir desse destino: sempre que tentar escapar dos desígnios dos deuses, catástrofes acontecerão, seus entes queridos morrerão, e ele se verá obrigado de alguma forma a usar os poderes que possui e a retornar ao caminho que lhe foi determinado.
Se preferir, uma versão alternativa dos filhos dos deuses é apresentado na adaptação que eu fiz do jogo Scion para 3D&T, tempos atrás. Você pode usar a vantagem única Herdeiro e as regras para a Lenda no lugar destas se gostar mais delas.
Você deve ter reparado que muitas das sugestões de histórias mais acima envolvem de alguma forma guerras e exércitos. Isso era um tema constante na Grécia Antiga, que frequentemente vivia conflitos entre suas cidades-Estado, e em pelo menos duas ocasiões se viu obrigada a reunir todas as suas cidades em combate contra um inimigo externo. Servir no exército era uma obrigação de todo cidadão grego, e era comum que desde um simples sapateiro até o mais rico proprietário de terras recebesse algum tipo de treinamento militar.
Em regras, incluir combates entre exércitos em uma partida de 3D&T é muito mais fácil do que parece. Você pode considerar o exército todo como uma única criatura, uma espécie de ente coletivo que se move e ataca em coordenação perfeita, possuindo uma ficha exatamente igual aos outros personagens e resolvendo seu embate usando exatamente as mesmas regras de combate normal. Assim, a Força de um personagem-exército representará a sua habilidade com armas de ataque corporal, como lanças e espadas; a sua Habilidade, a habilidade média dos seus soldados; a sua Resistência, a resistência média deles; etc. Ele pode até mesmo possuir vantagens e desvantagens normalmente, representando manobras especiais que conheçam e outras táticas de combate – um Ataque Especial, por exemplo, poderia ser uma manobra de carga; talvez um exército com Separação possa ser treinado para se dividir em unidades menores, atacando os inimigos de várias frentes; e etc.
A grande diferença entre um personagem-exército e um personagem comum está na escala. Pela força de destruição que representa um grupo de soldados agindo em conjunto, todo personagem-exército pertence a uma escala superior do que a de seus soldados individualmente. Ou seja, um exército de personagens Ningen, que provavelmente serão os que aparecerão com mais freqüência, pertencerá à escala Sugoi. Um personagem comum dificilmente teria chance contra eles; já um semideus, que pertence naturalmente à escala Sugoi, poderia enfrentar sozinho um exército inteiro de igual para igual.
Um exército de personagens Sugoi seria Kiodai, permitindo que mesmo um dos grandes monstro da mitologia fosse enfrentado e vencido. Já um exército de monstros Kiodai poderia fazer frente até mesmo a um deus Kami!
Personagens generais podem adquirir um exército pessoal com a vantagem Aliado, seguindo todas as suas regras normais; se você possuir o livro Brigada Ligeira Estelar, pode considerar que ele deve obrigatoriamente ser adquirido com a vantagem Aliado Gigante. Tecnicamente, isso não é muito diferente de possuir um mascote de bolso ou um grande mecha de uso pessoal. Assim, quando o conflito em campo aberto começar, você pode guiá-lo com a sua habilidade em liderança e estratégia, usando a manobra Comando de Aliado para movê-lo e fazê-lo agir pelo campo de batalha.
Se você quiser aprimorar um pouco mais as batalhas entre exércitos no seu jogo, o netbook Aliança Negra 3D&T conta com algumas regras mais completas para isso. Além disso, você pode dar uma olhada no kit General (e, se quiser algo bem exagerado, o Exército de Um Homem Só) no meu texto sobre kits com escalas.
Câmera Lenta
Sim, a principal característica de todos estes filmes não poderia faltar na sua mesa! Com esta regra opcional, você pode dar aquele tom Zack-Snyderiano aos seus combates que muitos diretores atuais parecem confundir com estilização artística.
Uma vez por combate, no seu turno, você pode gastar 1 PE para declarar que a sua ação será realizada em câmera lenta. Todo o resto do combate para, e você pode descrever com cuidado tudo aquilo que pretende realizar com os seus pobres inimigos.
Basicamente, ao declarar uma câmera lenta, você transforma o seu turno único em uma quantidade de turnos igual à sua Habilidade. Então se você tem H3, você ganhará três turnos para bater, cortar, perfurar e mutilar de maneira geral seus inimigos. Cada um desses turnos funciona exatamente como um turno comum, permitindo que você realize um movimento e uma ação, e utilize quaisquer vantagens, magias e poderes que possua sem restrições. A única diferença é que eles acontecerão simultaneamente, enquanto todo o resto dos combatentes observam assustados a sua explosão de fúria!