Como os outros deuses do Panteão, Tillian também possuía um reino divino para si, um plano de existência que era a expressão máxima de tudo o que ele representava. Era um mundo de invenções impressionantes e máquinas magníficas que cruzavam os céus, a água e a terra. Se o plano de Tanna-Toh era o plano do conhecimento acumulado, formado por grandes bibliotecas e pergaminhos carcomidos, o plano de Tillian era o do conhecimento aplicado, em que tudo isso era usado em prol da inovação e da tecnologia propriamente dita.
Muitas raças impressionantes habitavam esse plano, nem todas criadas pelo próprio deus. Sempre ávidos por novas descobertas, os habitantes locais não demoraram em desvendar os segredos da vida e da morte. Entre muitas outras, havia mesmo uma civilização inteira formada por máquinas de tamanho colossal, surgidas da mente de um único gênio criador séculos antes para então adquirirem senciência e passarem a se reproduzir indefinidamente.
Abillon pertencia a essa civilização. Como seus irmãos de raça, era também uma máquina gigantesca, no caso um robô humanoide com dezenas de metros de altura. Além de grande força e resistência, possuía a capacidade de concentrar suas energias em raios poderosos disparados pelos olhos, ou então através de uma jóia encrustada no seu peito, de onde disparava o raio perseguidor Canhão Abillon. Também podia, no entanto, mudar seu formato para o de um veículo voador, em que a sua força e resistência eram reduzidas em prol de maior manobrabilidade, além de uma potencialização do poder dos seus raios energéticos.
Um dia, no entanto, veio o desastre. Após cometer um crime inominável, Tillian foi expulso do Panteão, despojado do seu título de divindade e exilado no plano material artoniano. O seu plano de existência se desfez, consumido para dar lugar aos ideais de um novo deus, deixando órfãos os seus habitantes. Poucos conseguiram escapar do cataclisma, entre eles Abillon, único sobrevivente da sua outrora grandiosa (literalmente!) civilização.
Foi assim que Abillon veio a Arton. Seu transporte planar o levou até as Montanhas Sanguinárias, onde ele entrou em um modo de hibernação para recuperar as energias. Está lá até hoje, no fundo de uma longa e labiríntica rede de túneis, aguardando o dia em que um incauto aventureiro o despertará do seu sono milenar…
Gigante Extraplanar Abillon [12 pontos]
Forma humanoide
F3 (contusão) H1 R3 A3 PdF2 15 PVs 15 PMs
Kit: Super-Robô (ataque devastador, blindagem).*
Vantagens/Desvantagens: escala Kiodai; Mecha; Ataque Especial (PdF; Teleguiado), Forma Alternativa, Bateria, Códigos de Honra da Gratidão, dos Herois e da Honestidade.
Forma de voo
F0 H1 R2 A2 PdF4 10 PVs 10 PMs
Kit: Batedor Mecha (destravar mira).*
Vantagens/Desvantagens: escala Kiodai; Mecha; Aceleração, Arena (céus), Forma Alternativa, Tiro Carregável, Voo, Bateria, Códigos de Honra da Gratidão, dos Herois e da Honestidade.
Apesar de senciente, Abillon ainda é uma máquina, e pensa e age como tal. Não há lugar para emoções no seu modo de ver o mundo. É incapaz de entender conceitos como a mentira, por exemplo: simplesmente não consegue conceber a ideia de que alguém diria algo que não corresponde a um fato verdadeiro. Esse mesmo modo de pensar também o leva a apoiar aqueles que o ajudam de alguma forma, entendendo a troca de favores como uma espécie de aliança. Apesar de ser capaz de se auto-comandar e agir por conta própria, ele também pode ser “pilotado” através de uma cabine interna; ele se aproveita, assim, dos reflexos e adaptabilidade de pensamento de um piloto humano (ou semi-humano) para compensar a sua própria carência desses atributos.
*kits vistos no netbook Mechas para 3D&T Alpha.
Nota: as imagens são ilustrações de Mazinger Z e outros super robôs clássicos de Go Nagai, criador dos mecha modernos.