Adaptando as Crônicas – Portulanos

Hoje no Adaptando As Crônicas, um acessório para ajudar aventureiros a navegar pelos mares de Arton – os portulanos.
Saídos diretamente do como eles aparecem no conto Ária Noturna, de autoria do nosso ilustre colega de blog Marlon “Armaggedon” Teske.

 
Os Portulanos
Portulanos são mapas e copêndios sobre a arte de aventurar-se através dos mares, escritos em pergaminhos ou livretos por navegadores, marujos veteranos e capitães de navio. Contém descrições apuradas de uma rota específica. Detalham o número de dias da viagem, coordenadas, referências geográficas,  presença de correntes marítimas, zonas de calmaria, recifes de coral, criaturas hostis que habitam as águas e outras informações importantes.
Além de agirem como um mapa, mostrando a localização de uma ilha ou outros locais, conferem um bônus de +10 em testes de Ofício (Marinheiro) para lidar com obstáculos ou para evitar encontros. É necessário ter treinamento nessa péricia para poder entender as instruções. Também conferem um bônus de +2 em testes de Sobrevivência.
Esses bônus aplicam-se somente na rota descrita pelo portulano, mas dizem que alguns capitães de renome guardam verdadeiros tomos de muitas páginas,  contendo descrições pormenorizadas de várias rotas.

Adaptando as Crônicas – Portulanos 1

Clássicos "mapas do tesouro" de filmes de pirata ou livros de várias páginas. Um portulano pode ter várias formas diferentes.


Para escrever um portulano (além de papel, tinta e saber escrever, é claro!) aquele que o redige deve ter viajado pessoalmente  de navio através da rota que quer descrever e deve ser bem sucedido em um teste de Ofício (Marinheiro) com CD 15, para cada dia de viagem. É preciso pelo menos um sucesso e três ou mais fracassos inutilizam o trabalho. Se isso acontecer o marujo deverá repetir a viagem mais uma vez, re-escrevendo e corrigindo o  portulano para que ele seja de utilidade.
Alguns marinheiros costumam escrever seus portulanos em idiomas pouco conhecidos ou de maneira cifrada, em código, para dificultar que alguém roube suas informações. Para fazer isso é preciso realizar, durante o primeiro dia da viagem, um teste de Conhecimento (Criptografia)  ou qualquer outra perícia que o mestre julgue relevante ( um cozinheiro poderia disfarçar as informações como diversas receitas de ensopado de peixe, por exemplo, utilizando testes de Ofício (Culinária). Um devoto poderia escreve-las em forma de preces usando Conhecimento (Religião), etc…) .
Para decifrar um portulano  é necessário superar o o valor do teste de quem o escreveu, num teste da mesma perícia.
Esses documentos são de extrema importância, muitas vezes cruciais em tramas envolvendo espionagem comercial ou militar. Um portulano de uma rota marítima já conhecida pode ser comprado por 200 tibares. Mas preços de rotas pouco conhecidas e perigosas podem alcançar valores exorbitantes, principalmente se ele mostrar a localização de uma ilha contendo ruínas antigas ou um tesouro oculto… Obter e decifirar um portulano de um capitão pirata ou da marinha  do Império de Tauron pode ser o objetivo principal de uma aventura.
Obviamente, qualquer pirata é proibido escrever um portulano contendo a localização de Quelina, a cidade que serve como seu refúgio. É um crime considerado a desonra máxima e, se descoberto, fará com que o marujo seja caçado automaticamente por TODOS os piratas que existem no  Mar Negro. Caso  o traidor seja capturado, será torturado e condenado a andar na prancha, atirando-se para uma morte lenta, agonizante , sem qualquer chance de ressurreição, em águas infestadas de selakos vorazes…
Bastidores:
(Contém SPOILERS)
Ária Noturna é um conto excelente, mas fiquei um pouco indeciso sobre o que adaptar nele.
Fazer uma ficha do protagonista, o capitão pirata Jean-Luc (referência a Star Trek DETECTED) parecia um tanto idiota, uma vez que ele… bom, ele morreu e encontra-se no fundo do mar. Também não queria ressuscitá-lo transformando-o em um terível pirata morto-vivo em busca de vingança, porque acho que, além de não ter sentido nenhum pra história, provavelmente desgradaria o autor. (Se fosse um filme ou HQ, isso certamente aconteceria na sequência!)
Havia outras opções interessantes : a serpente marinha que aparece no conto ( e que não aparece no Bestiário de Arton) ou a tatuagem mística que Jean-Luc trazia em seu crânio e que lhe conferia visão atrás da cabeça.
A Serpente Marinha, descartei, porque embora seja uma criatura clássica e útil para mestres de campanhas com viagens marítimas, já tinha feito um monstro no post anterior e queria variar a adaptação.
A tatuagem era legal, mas acabou perdendo pros portulanos porque: 1- achei que davam ganchos de aventuras interessantes, 2- era uma chance de treinar criação de regras mais gerais.
Então, é isso aí!
Beijo na bunda e até segunda.
Este material foi produzido por um fã.  Crônicas da Tormenta é uma antologia de contos de fantasia medieval da Editora Jambô. Reúne vários nomes da lit. fantástica nacional para narrar histórias em Arton, o mundo de Tormenta RPG. 
Crônicas da Tormenta. JM Trevisan (Org.). 288 páginas. R$ 39,90. 
 
Imagem do mapa retira… whatever, porque ela é de domínio público. FUCK DA POLICE! 

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5 Resultados

  1. Armageddon disse:

    Parabéns cara, tu fez a coisa toda ficar bem legal em jogo =D
    O Jean-Luc faz dupla com o James K. agora nas homenagens artonianas à Star Treck ^^

  2. Larf yuden disse:

    Cara muito legal sua adaptação.
    Aproveitando a mensagem gostaria de tirar um duvida com vc em relação a dois equipamentos.
    1: o portulano poderia ser adaptado para rotas de viagens terrestres ou vc acha ke ficaria muito estranho.
    2: uma espada taurica (2d8- max. 16) de adamante ficaria com 2d10 – max 20. Né?
    Agora uma espada taurica de adamanta de tamanho grande ( para ser usada pelo talento empunhadura poderosa) causaria 2d12 – max 24.
    Seguindo a logica de aumento de categoria de dados e de difereças de 4 pontos entre um e outro.

  3. Angelo Mari disse:

    Cara,
    mto massa essa idéia dos Portulanos! E bem útil no jogo!

  4. Di Benedetto disse:

    @Larf Yuden
    1: Poderia, se o seu mestre aprovar a ideia. Talvez como o diário de viagem de um mestre de caravanas (para rotas comercias conhecidas) ou um explorador (para áreas selvagens). Mas nesse caso o maior bônus dele se aplicaria em Sobrevivência (apenas para obstáculos e evitar encontros) e ele não daria nenhum outro bônus. Além disso, acho que seria algo um pouco mais caro e difícil de ser conseguido.
    2- Uma Espada Taúrica normal muda para 3d8 se feita de adamante, não para 2d10. Uma Espada Táurica uma categoria de tamanho maior já é naturalmente 3d8.
    Faço a mínima ideia e não arrisco dizer quanto dano causa uma Espada Táurica uma categoria maior E feita de adamante.
    Mas se você está pegando a categoria maior pra usar com Empunhadura Poderosa (dá 3d8, máx. 24, -2 no ataque) pode considerar fazer ela de aço rubi ao invés de adamante.
    Aço rubi ignora qualquer RD e pode ser muito mais útil contra vários tipos de monstros (especialmente os lefeu)
    @Todos
    Valeu por comentar galera. É sempre um incentivo pra continuar postando regularmente.

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