Antes do tempo começar na Terra para os homens e animais, havia o Paraíso. E numa guerra sangrenta, os vencedores se clamaram deuses e os que perderam foram banidos para o monte tártaro, os Titãs.
A história se resume em torno do crescimento de um herói, Teseu (Henry Cavill), camponês, treinado na arte do combate e obrigado a lidar com situações conturbadas após ter sua mãe morta e seu pequeno vilarejo destruído pelo rei Hipérion (Mickey Rourke), rei este que busca o Arco de Épiro (ver abaixo), artefato utilizado nas grandes guerras e conhecido como “a arma mais mortal” por motivo de vingança contra os deuses do Olimpo, que levaram (e mataram) sua esposa e sua filha, e com isso, o fim dos deuses pela perca de fé dos humanos.
Este é o enredo do filme, que por sinal, é uma palavra muito propícia por conta do visual deslumbrante de alguns personagens similares aos trajes carnavalescos da festa brasileira. Tirando este fato o filme não peca nos visuais — os slow motions estão impecáveis como em 300, a arquitetura grega ficou extraordinária e a riqueza dos detalhes torna o filme atrativo.
Uma coisa me instigou durante todo o filme. Teseu não vai na sua jornada sozinho, e conta com um staff. Nele contidos uma oráculo com desejo ardente de possuir o jovem protagonista, e mais alguns guerreiros que integraram a causa de Teseu durante o tempo em que estiveram prisioneiros. Exceto pela primeira, todos eles não tem papel significativo na história, e mesmo sendo um ou cinco (ou nenhum) ainda assim não teriam uma tarefa relevante que não fosse arremessar lanças ou obedecer ordens. Lembro de 300, onde o objetivo de traçar a história de alguns deles fizesse com que criássemos uma identificação para eles.
Pegamos a sessão em 3D, só que com um erro excepcional era legendado. Uso óculos, e com os óculos 3D sendo necessários tive que apelar para as minhas capacidades pouco aguçadas de entender o inglês. E pra ser sincero, e poderia ver todo o filme sem legendas e não entender patavinas do idioma nativo que ainda assim não faria falta. Se isso é bom ou ruim, cada um tem seu ponto de vista. Ah! E o 3D parece que é apenas uma edição com sangue ou lanças “voando” na sua cara.
A trama também pregou quase que o tempo inteiro a necessidade de se preservar a humanidade, e confiar nela, por parte dos deuses. E ao final da película, Zeus (ao meu ver) faz tudo ao contrário. O fim também dá aquele toque de “aguardem, vai ter mais”.
Alguns pontos:
- Nem Percy Jackson chega tão rápido ao Tártaro;
- Aquilo era o Tártaro?
- O “homem-da-cara-cortada” (sem spoilers :D) serve para quê?
- Aquilo era mesmo um Minotauro?
- Aqueles eram os Titãs?
Fiquem só com o trailer.
Nota: 7,0
Artefato: O Arco de Épiro
Pra começar, não existem referências mitológicas para este artefato (se eu estiver errado, corrijam-me). A única referência seria relacionada a Épiro, que acreditei ser um personagem da mitologia mas que na verdade é uma das 13 periferias da Grécia, que divide território com a Albânia. Portanto, usaremos a descrição dada no filme. 😛
O Arco de Épiro foi criada por Ares (deus da guerra) com o objetivo de libertar os Titãs do Tártaro e conseguir a vingança dos deuses do Olimpo que promoveram sua queda. É um artefato poderoso, que pode ser utilizado por qualquer humano, semideus ou deidade. Tem grande poder de destruição, e por utilizar-se de flechas mágicas, tem munição ilimitada.
Aquele que maneja o arco ataca sempre com FA 20 (explosão / dano mágico) e em proporções variantes, isto é, de acordo com a escala do alvo. Se os alvos foram da escala ningen, o ataque será para a escala ningen. Caso seja sugoi, ataque com escala sugoi, independente da escala do portador do arco. O mestre pode limitar seu uso para a escala Kiodai, visto que não se conhece o poder que o arco propõe quando disparado contra deuses. Tem munição ilimitada, e seu usuário pode disparar Tiro Múltiplo como se tivesse H4, mas somente em alvos diferentes.
Ganchos:
| Mitológico: Basta incluir o artefato com base no seu real objetivo. O grupo de personagens podem ficar encarregados de buscar o Arco e levá-lo de volta aos deuses.
| Moderno: No maior estilo Percy Jackson, o Arco de Épiro fora roubado do Olimpo e os suspeitos são semideuses que habitam ou costumam frequentar diretamente o monte. Começa a busca pelo Arco e o objetivo do furtador. Claro, tem que ser resolvido antes do crepúsculo, em sete dias, como de praxe.
Até a próxima resenha + 3D&T.