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Resenha: Dylan Dog

Dylan Dog é um personagem britânico, criado por um italiano. Então veio Hollywood e colocou Brandon Routh, americano, no papel do detetive que lida com casos sobrenaturais.

Mas isso não afetou a diversão constante que é oferecida no filme.

Com ritmo acompanhável, uma narrativa que explica tudo que você precisa saber sobre o que está acontecendo, e personagens bem apresentados, Dylan Dog e as Criaturas da Noite é uma adaptação de quadrinhos que foi longe do original, mas mesmo assim na mosca.

Com uma trama simples, mas não menos cativante, o filme prende o espectador na cadeira mais pelas atuações e pelas curiosidades do cenário do que qualquer outra coisa. As cenas de ação são calculadas e comedidas, sem perder a graça de uma boa briga.

Não tem lutas épicas ou tiroteios infinitos, mas existem momentos de susto e momentos de tensão amigáveis no desenrolar da história. Destaque especial para o personagem Marcus, que substitui o Groucho dos quadrinhos por motivos de direitos autorais. (Nos quadrinhos, o personagem é uma réplica de Groucho Marx, comediante americano da década de 50). O personagem representa o espectador, que nada sabe sobre as histórias, aterrorizado com o sobrenatural e com as situações em que se encontra.

Mesmo assim, existem suas homenagens aos quadrinhos. A roupa de Dylan é a mesma nos quadrinhos e muito de seu quarto bolorento é parecido com sua humilde casa em Londres, e uma ou outra imagem de Marcus vestido de Groucho aparecem no filme.

Como leitor dos quadrinhos e fã do suspense original, devo dizer que o filme me surpreendeu positivamente. Embora o clima da obra original tenha se perdido, a tradução para o cinema foi fantástica e bem feita.

Vale a pena assistir na tela grande, dar boas risadas, ficar ansioso pelo desfecho de uma cena e assustado raramente. Além de descobrir o mistério do filme.

Imagem retirada daqui.

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