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Resenha – Galrasia, Mundo Perdido

Olá…
Tentando seguir a promessa de início de ano de 2011, na qual me propus a resenhar todo livro que lesse durante o ano, dou início a presente como a segunda resenha.

Galrasia, Mundo Perdido
Galrasia é um livro em brochura de 64 páginas, com capa colorida e interior preto e branco (ninguém precisa de uma resenha para saber disso, mas, estou tentando encontrar meu estilo XD).
A capa não é das melhores, pois não tem identificação nenhuma com o cenário de Tormenta, sem personagens conhecidos ou mesmo que sejam apresentados no interior do livro, os desenhos são no estilo mangá, bastante criticados pelos fãs, coisa que eu estranho, pois todo mundo comprou Holy Avenger e adorou, pelo que sei.
O conteúdo é mediano, as raças descritas são apenas cópia de matérias antigas da Dragão Brasil, com a inclusão de regras para d20, nessa mesma parte são descritas as classes de prestígio relacionadas com a ilha e que são representadas pelo desenho de capa, que foi reimpressa desnecessariamente na parte interna do livro para representar as classes.
A maioria das ilustrações é aproveitada a mini Lua dos Dragões, o que na minha opinião é uma pena, não pela qualidade mas pela falta de investimento e novos desenhos, o que é uma praxe horrível do mercado nacional.
Apesar de mediano em qualidade e novidade o texto trouxe bastante conteúdo especulativo.
O mais especial entre eles é a nova (ou velha) raça dos Eiradaan. Uma raça de criação indefinada que foi criada com a incumbência de manter Lena longe de problemas, seu primogênito foi Galron, posteriormente agraciado com uma esposa, Odessa.
Os eiradann são aparentemente iguais aos elfos, o que gerou a maior parte das especulações sobre eles serem os elfos de Arton, pois eles falharam na sua missão de proteger Lena e com isso tiveram seu lar, parte do plano da deusa da vida, removido e implantado no mapa do plano primário Artoniano.
Já em Galrasia, o local que antes fazia parte do plano de Lena, parte dos Eiradaan teria rumado para o sul do mundo (sem segundas intenções) e fundado Lenorienn. Eu não embarco nessa teoria, porém como os elfos são os párias do cenário e alvos de toda cólera dos autores é impossível prever qual a próxima atrocidade que lhes acometerá, quem sabe essa origem maldita não se torne realmente oficial.
Voltando ao foco, em Galrasia tudo acaba tendo relação com os Eiradaan e seu pecado, Galron foi aprisionado no que antes fora sua morada e sua amada foi transmutada em uma Divina Serpente que habita um vulcão na mais famosa ilha do cenário (ou será que Tamu-ra é que merece esse título?).
Contar mais sobre os proto elfos (será?) estraga muito do livro.
Existem muitos ganchos de aventura e, apesar dos autores considerarem o local apropriado para aventureiros de nível baixo a mediano, eu me interessei muito mais pelas possibilidades de alto nível, em especial a invasão ao covil de Gauron e uma possível libertação do mesmo como efeito colateral da ação dos pjs.
Galrasia como todos fãs sabem é o local ideal para quem deseja enfrentar o gênero Mundo Perdido, o que se adiciona com o suplemente são as raças dinossauro, chamadas theros (material antigo copiado no livro com adaptações de regras) e os eiradaan que trazem o macabro e arcano aos plots, também temos algo do tema pirataria que pode ser explorado.
Destaco uma arma criada para a raça dos dragões de chifes (ceratops), o marretops! Uma arma que só pode ser usada por criaturas grandes (ou com empunhadura primata), ela causa 4d6 e pesa 30 quilos!!! É um menir!!!
As fichas no final são bastante boas e muito interessantes, algo que senti falta foi a explicação da razão das dragoas caçadores estarem tão desestabilizadas, talvez seja Dana, mas não acredito realmente nisso.
Notas:
Capa 6
Ilustrações 4 (não pela qualidade, mas pela repetição)
Conteúdo 6
Conepa

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