Superproduções de cinema garantem muita repercussão mundial. Não diferente com o recordista de bilheterias Avatar, filme de James Cameron, que utiliza da forte tecnologia 3D para sua confecção final. Um filme que une ação, romance e um pouco de comédia, sem contar a subliminar mensagem no maior estilo “cuidemos de nossas árvores”. Filmes desta qualidade logo ganham seus jogos, e com o RPG não funciona diferente. Então, engajado por uma enorme vontade de jogar nesse Mundo Novo. Decidimos por trazer uma adaptação desta maravilha da sétima arte. Com vocês: Avatar RPG 3D&T.
Parte 01 – Um Tour por Pandora – Conhecendo a Geografia Local
Árvores gigantes, montanhas que se movem e divindades vegetais. Faça um passeio pelas principais paisagens do mundo habitado pelos Na’vi.
Bem-vindo a Pandora. Trata-se de uma das 14 luas que giram ao redor de Polyphemus, um planeta gigante gasoso similar a Saturno (mas sem anéis) que orbita Alfa Centauri A, a mais brilhante das 3 estrelas que compõem aquele sistema estelar, localizado a 4,4 anos-luz da Terra.
A exploração da lua foi o principal destaque da primeira expedição interestelar humana, em 2129.
Além da flora e da fauna espetaculares, Pandora despertou a atenção da humanidade pelas grandes quantidades da substância chamada unobtanium, material supercondutor de alta temperatura, valiosíssimo e útil nas mais diversas aplicações da tecnologia. Sua presença em copiosas quantidades amplia radicalmente o campo magnético da lua.
Pandora é apenas um pouco menor que a Terra, mas vista do espaço lembra muito o nosso planeta. As aparências, no entanto, enganam. Embora sua composição atmosférica seja similar à terrestre, a presença excessiva de dióxido de carbono, assim como sulfeto de hidrogênio, faz dela tóxica para humanos.
Seus principais habitantes são os Na’vi, humanoides inteligentes que se dividem em diversos clãs. Seus principais traços culturais são o comportamento tribal e o grande respeito pela natureza.
Ainda há muito que desvendar naquele mundo distante, mas aqui sintetizamos o que os humanos já conseguiram descobrir a respeito dele, após 25 anos de investigação científica e exploração intensiva de seus recursos naturais.
Montanhas Aleluia
São provavelmente o mais espetacular cenário de Pandora: montanhas gigantescas que se movimentam no ar e se movem lentamente, tal qual icebergs num oceano. Sua ocorrência só é possível graças às grandes quantidades de unobtanium, supercondutor que realça os efeitos magnéticos da lua. É da interação da substância com o campo magnético local que vem a força capaz de sobrepujar a gravidade e manter essas gigantescas montanhas flutuando.
A região inteira é considerada sagrada pelos Na’vi. É para lá que eles vão para realizar o ritual iknimaya, traduzido como ‘o caminho para os céus’. Nesse ritual, um Na’vi prestes a se iniciar precisa se unir a um banshee, criatura alada que serve de transporte a quem consegue domina-la.
A Árvore-Lar (em Na’vi, Kelutral)
Vários dos clãs Na’vi usam algumas das árvores imensas para existentes em Pandora como sua moradia. Em geral, elas têm mais de 100 metros e possuem uma base oca, apoiada por suas imensas raízes. Seus espaços permitem abrigar cerca de 1 500 habitantes.
A Árvore-Lar do clã Omaticaya estava localizada especificamente sobre um rico depósito de unobtanium. Por isso a RDA decidiu realocar forçosamente os Na’vi. Para tanto, os humanos usaram gás lacrimogênio para induzir a evacuação dos habitantes da árvora. Em seguida, mísseis incendiários derrubaram-na.
A Árvore-Lar dos Omaticaya era de grande raridade. Por seu tamanho, presume-se que o clã a habitava já existisse há mais de 1 000 anos.
A Árvore das Vozes (em Na’vi, Utral Aymokriyä)
Outro local espiritualmente importante para os Na’vi, a Árvore das Vozes supostamente permite que as “vozes” de seus antepassados sejam ouvidas, por meio de contato nervoso com a árvore. Em aparência, ela lembra muito a Árvore das Almas, e foi lá que Jake Sully e Neytiri decidiram ficar juntos e se acasalar, a despeito dos impedimentos culturais que os separavam. O local foi completamente devastado não muito tempo depois, pois estavam no caminho dos equipamentos que a RDA precisava levar até a Árvore-Lar do clã Omaticaya para iniciar a mineração do unobtanium depositado sob a planta. Sem o menor sinal de hesitação, os humanos derrubaram a árvore para dar passagem ao progresso.
Vale dos Thanators
Trata-se de uma região que fica ao norte da Árvore-Lar do clã Omaticaya e é habitada pelas perigosas criaturas chamadas pelos humanos de Thanators.
Esses animais ferozes são, até onde o conhecimento humano chegou, os predadores que estão no topo da cadeia alimentar em Pandora. Eles lembram panteras da Terra, mas muito maiores e mais fortes. Até mesmo os Na’vi, normalmente corajosos e em sintonia com a natureza, não ousam se aproximar da criatura sem que haja um excelente motivo. Os thanators não são celebrados em danças ou músicas Na’vi.
Foi a perseguição de um thanator que fez com que Jake Sully acabasse por conhecer Neytiri, a princesa do clã, o que permitiu que ele se infiltrasse no agrupamento nativo.
Portal do Inferno
Oficialmente, o nome do local é Colônia Extrassolar 01 da RDA (sigla para Resources Development Administration, companhia que promove a exploração de Pandora). Mas o apelido mostra um pouco o grau de dificuldade que existe para humanos se adaptarem ao ambiente de Pandora. A instalação abriga diversos laboratórios de pesquisa, equipamento para a mineração, residências para os trabalhadores e uma pista de veículos espaciais. O perímetro pentagonal que delimita a base é vigiado constantemente, de forma a impedir que criaturas selvagens atrapalhem a rotina. Claro, o ar sempre será o ar. Como em Pandora ele não é respirável por humanos, sempre que estão fora do complexo pressurizado eles precisam usar máscaras que filtram os gases nocivos.
Mina de Unobtanium
Aonde o homem chega, sua presença se faz sentir. Maquinário pesado trabalha sem parar em Pandora para explorar as jazidas descobertas de unobtanium.
O material supercondutor não é encontrado em lugar nenhum na Terra, e sua detecção naquela lua valeu todo o dinheiro gasto na exploração daquele mundo distante.
Infelizmente, a exploração das reservas tem um violento impacto na natureza. As regiões que a RDA escava para obter a substância ficam completamente devastadas, criando uma ilha desértica em meio às florestas tropicais do planeta.
Conforme os recursos se esgotam numa jazida, os humanos partem para a seguinte. Há vastas regiões povoadas pelos Na’vi que possuem imensas quantidades de unobtanium. Daí o conflito entre eles e os humanos recém-chegados.
A Árvore das Almas (em Na’vi, Vitraya Ramunong)
Envolta em significado místico para os Na’vi, esta árvore, localizada sob os famosos Arcos de Pedra, supostamente permite que qualquer criatura possas se ligar diretamente a Eywa, a divindade máxima daquela cultura, que se mistura ao próprio poder da natureza. O que se sabe é que a árvore de fato tem a capacidade de se concectar diretamente ao sistema nervoso de todas criaturas vivas.
Durante o conflito entre humanos e Na’vi, a Dra. Grace Augustine foi ferida, e Jake Sully tentou usar a árvore para transferir a consciência da cientista para o avatar dela de maneira definitiva.
Embora não tenha dado certo, Jake Sully seria bem-sucedido, mais tarde, ao tentar transferir de forma definitiva sua consciência para seu próprio avatar.
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Na próxima parte, tudo sobre os selvagens do local, os Na’vi.