Nesta manhã, às vésperas do natal, eu, Marco e Gilvan, descansávamos perante um bule quente de café e pedaços de pão doce, quando um chamado na varanda nos levou a conhecer um velho muito baixo, de pernas arcadas e roupas despojadas. Sua barba falhada e grisalha, as rugas que traçavam um novelo no seu rosto e a maneira como seus andrajos caíam soltos podiam falar de fragilidade, mas eu posso jurar que ele dava impressão de ser todo feito de cabos de aço.
Sem se explicar muito, ele remexeu o colete e retirou um velho oleado, amarrado com um barbante. Disse que a trilha do capitão Gale estava aberta novamente, e que achássemos gente de coragem e coração para segui-la.
E se foi.
Levamos o pacote para a mesa do café e abrimos. Dentro encontramos algumas anotações, um pequeno mapa bastante rabiscado e algumas fotografias. Pelo que concluímos, a expedição Starseeker partiu em 1943, em direção ao Ártico, para encontrar os indícios da desaparecida expedição de Charles F. Hall, a Polaris de 1871. Ambas jamais retornaram do Pólo, e acredita-se que tenham perecido, todos, sob o gelo.
Mas as fotografias que vimos apontam numa outra direção. Uma delas mostra o próprio capitão Albert Gale, ao lado da bandeira do Kansas, e perante… não sei como me expressar. É estranho, fantástico e mesmo inacreditável.
Deixamos aqui o mapa que recebemos, com algumas das fotografias, esperando que alguns novos aventureiros resolvam decifrar o mistério da Starseeker.
Bom natal a todos, e felicidades.
Leonel Domingos, Marco Morte e Gilvan Gouvea
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