Uma coisa que me atrai nas estórias mitológicas é a singularidade dos monstros e criaturas.
Nos mitos que ouvimos quando crianças, existem UM pégaso, UMA medusa, UM minotauro, etc.
Acho engraçado reparar que, nos RPG em geral, essa raridade não é representada.
Pégasos existem aos borbotões se reproduzindo, na maior suruba com unicórnios. Medusas são inimigos que formam grupos como orcs, e ainda existem reinos de minotauros conduzindo guerras aos vizinhos.
Acho muito legal a possibilidade de jogar com um minotauro (eu mesmo estou jogando com um no momento), mas não posso deixar de pensar que sinto um pouco de falta em lidar com a “raridade” das criaturas fantásticas… mesmo que esteja jogando em um mundo fantástico.
Por exemplo, no Senhor dos Anéis, os Hobbits são criaturas fantásticas, mas o livro deixa claro que toda a aventura e os encontros enfrentados por Frodo, Sam, Merry e Pippin foram muito mágicos aos seus olhos.
Ogros e elfos eram criaturas com as quais os hobbits normais só conviviam por meio de lendas.
Tudo bem que um borbulhão de criaturas diferentes, como a encontrada na taverna de Star Wars, também é bacana… mas por que os cenários mais vendidos tem isso sempre como ambiente de aventuras?
Será que é só pra dar a opção aos jogadores de encarnarem tipos diferentes de personagens?
Algo como um motivo mais mercadológico que governa toda a lógica do cenário?
Será que isso é realmente o que mercado quer? Ou apenas se desenvolveu acostumado a isso?
Bem… isso pode até ser interessante para um RPGista que nunca jogou com um PC que é um homem-lagarto, guia, cego e que tem um cachorro falante… mas eu já joguei e estou com o saco cheio de tantos dragões de cristal, elfos multicoloridos e homens-guaxinins.
Você acha que isso faz sentido? Ou sou apenas eu que estou de mimimi?
Em breve: Panteão o escambau! Eu quero um único deus, mau e vingativo!