Pior que a diferença de níveis entre personagens, é a diferença de bom senso entre jogadores.
Acho que esse é o ponto principal para que exista a necessidade de personagens serem contruídos de forma equilibrada, seja com pontos, níveis de poder, ou qualquer outro mecanismo.
No entanto, não penso que isso seja necessário SEMPRE.
A menos que o papel exigido dos PCs seja o mesmo, como combater, a verdade é que eles não precisam ser equilibrados.
A maior necessidade em uma mesa é fazer com que os personagens tenham papéis definidos na aventura, sem que um personagem específico roube a cena dos demais, afinal, cada um dos PCs é o personagem mais importante da trama para seus respectivos jogadores.
Uma das campanhas mais divertidas que joguei foi do gênero Supers, quando o grupo fez seus PCs ignorando o uso de pontos e quaquer outra referência, e usando linhas guias apenas as funções comuns encontrada em um grupo de super-heróis tais como furtivo, blaster, super-forte, telepata, inventor, etc.
A única regra era de que não poderia haver mais de um PC com o mesmo papel no grupo. Portanto, o bom senso era a regra básica.
Em seguida, criamos os PCs da forma como desejamos. Cada um livre para colocar o que desejasse na ficha.
Aí entrou o bom senso pela segunda vez.
Ninguém devia criar um Galactus, Magneto ou Darkseid. Seríamos um grupo de super-heróis, não personagens solo, e, portanto, deveríamos precisar da ajuda uns dos outros.
Jogamos diversas sessões bem sucedidas assim, até que a primeira regra foi quebrada. Apareceu um jogador sem bom senso.
Ele resolveu criar um personagem que fazia de tudo, espionava, dava murros, ataques de longo alcance e, enfim, roubou o papel de todos.
Bastaram duas sessões para retornarmos ao uso das regras e do tal “equilíbrio”.
Uma pena.
Mas fica a dica. Experimente fazer o personagem que você deseja com seu grupo. A primeira coisa que deixará de fazer sentido é se preocupar com níveis ou pontos de experiência… afinal, pra que isso se o PC já é exatamente aquele que você deseja?