Alguns RPGs são considerados “jogatinista” (gamist), outros são considerados “simulacionistas” (simulacionist), e outros ainda, “narrativistas” (narrativist). Kobolds ate my baby! – KAMB – não parece se encaixar em nenhum dos exemplos citados.
Em KAMB, você é (advinha?) um kobold! feio, baixinho, burro e esfomeado! E se você pensa que nesse jogo você vai ver o lado bom de se ser um kobold, péééé! A vida de um kobold é uma droga! Ninguém gosta de você, além disso, você é novo no bando, e sempre que o Rei Torg (TODOS SAÚDEM O REI TORG!) decide que há uma festa, isso significa que é preciso de algo gostoso para comer. O que pode ser mais gostoso do que um bebê humano? Então é hora de você ir até a vila e pegar alguns bebês para o jantar, do contrário, Rei Torg (TODOS SAÚDEM O REI TORG!) irá servir a segunda coisa mais deliciosa do mundo: kobolds novatos (você!).
O livro é uma leitura muito divertida, e o mais interessante em KAMB é o “estilo cerveja e pretzels de jogo” (Beer and pretzels roleplay) que é uma forma de dizer: relaxe e se divirta com este jogo. Como eu disse na chamada, este jogo é diferente não por um sistema de regras diferenciado ou estilo de jogo arrojado. KAMB é digno de nota justamente por ser um jogo cujo objetivo é simplesmente se divertir.
Aqui vale uma comparação interessante: Munchkin (se você ainda não conhece, responde aí que eu faço uma review sobre ;D) pois munchkin, apesar de não ser RPG, é um jogo de piada, bom humor, em que a seriedade é altamente desnecessária. Coincidência ou não, John Kovalic fez ilustrações tanto para munchkin quanto para a edição “deluxx” de KAMB.
Kobolds ate my baby! traz toda uma história e mecânica que foram magistralmente projetadas para um jogo descontraído e descompromissado. Criado por Chris O’Neill Dan Landis, publicados pela 9th Level Games em 2005 na sua versão “Deluxx”.
abraços a todos e bons dados!
Ps: com relação às classificações, pretendo escrever sobre em um outro post, aguardem ;D