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A Essência do RPG

A Essência do RPG 1Folheando postagens do Velho Grimório, encontrei este artigo que até foi matéria de uma das edições da Acerto Crítico. Achei interessante compartilhar por aqui.

A Essência do RPG

Certo dia estava em meu trabalho, que por sinal estava entediante, pois a Placa-Mãe do meu computador tinha ido para o “be-lé-léu!”. Foi então que começou a conversa que me fez pensar durante dias o mesmo assunto. Uma das minhas colegas de trabalho resolveu tentar sem muitas chances de sucesso “entrar” na conversa que um outro auxiliar e eu estávamos tendo, RPG.

Passado alguns minutos, e ela sem entender muita coisa (Estávamos falando da mudança do nWoD), resolveu arriscar um palpite, e como falávamos de vampiros, logo foi partir para as histórias. Bem, até que ela estava se saindo bem, explicamos à ela como se jogava o RPG, e foi então que começaram os questionários.

A 1ª pergunta foi logo essa: “O que é RPG?”, respondemos, como de praxe, RolePlaying Game, basicamente um jogo de interpretação. E a segunda veio:[pullquote]”Que negócio é esse de RPG?”[/pullquote]“E qual o objetivo?”, logo demos a resposta, “Não existe bem um objetivo principal, existem dificuldades a serem superadas através do uso de inteligência, trabalho de equipe, e sorte, é claro! Achamos que tinha terminado, mas o melhor estava por vir, sem hesitar ela disparou: “E qual a essência disso?”.“Bom, hum!, é…”. Deu pra imaginar né? Fui dormir pensando nisso.

Afinal, o que é essa essência?

Resolvi então procurar no meu mini-dicionário a palavra essência.

Essência; 1. a substância íntima de algo;
2. Idéia Principal. Logo pode se compreender que a essência dos RPGistas é a interpretação.

A mesma interpretação que buscamos quando estamos encurralados na beira de um abismo tentando usar da lábia para convencer o inimigo de que jogá-lo penhasco abaixo seria uma péssima idéia. A interpretação que os jogadores de RPG tem de buscar quando decidem se matam o vilão, ou salvam os amigos. Subestimamos às vezes o poder que isso tem em nossas vidas. O RPG age de certa forma no nosso íntimo, despertando os prazeres e as vontades que ficam escondidas em nós: salvar o mundo, derrotar os vilões, refugiar-se no QG, tudo faz parte da interpretação. A mesma interpretação antes questionada, agora sendo essência do RPG.

[pullquote]”O RPG age de certa forma nosso íntimo.”[/pullquote]

Segundo os maiores mestres e jogadores de RPG do Brasil, aqueles que moram na minha rua, saber lidar com o personagem é o básico para poder fazer uma partida divertida e até fácil de se jogar. Para eles, é bem mais fácil criar um personagem parecido com eles, assim não fogem a risca quanto à maneira de interpretar seu personagem, e interpretando alguém é a única maneira para que possamos, pelo menos algumas horas do dia nos tornar super-heróis, heroínas, magos, guerreiros, soldados futuristas controlando MECHAs, Vampiros, Lobisomens, e etc.

A aplicação da ideia

E vejam só, temos cenários de RPG muito bem criados por editores de todo o Brasil. Acredito que com o RPG desenvolvemos nossas mentes, não só para o mundo de Fantasia que é o RPG, mas também para a realidade (Não é a alternativa!), gerando novos autores, editores, atores, (por quê não atores?). Já que as características principais de um bom Jogador é a interpretação, saber utilizar-se de inteligência nas horas em que necessita. Raciocínio rápido, essa característica que também pode ser desenvolvida pelo RPG é sem dúvida nenhuma totalmente aproveitável, principalmente no mundo altamente globalizado em que vivemos. E os Mestres que tem uma grande imaginação então, nem se fala.[pullquote]”Com o RPG desenvolvemos nossas mentes…”[/pullquote]

A capacidade que eles tem de resolver os problemas (geralmente os jogadores) com rapidez e, sem dúvida alguma, com improviso é inquestionável, essa característica poderia ajudá-lo se caso um dia fosse o dono ou um administrador de uma empresa. Os Blogueiros de plantão, desenvolvendo sites muito bem aplicados com o tema proposto, fazendo do RPG não só uma ferramenta de papel, mas também um trabalho muito bem aceitado na Internet!

Conclusão…

Toda essa essência, às vezes encobertas pelo medo de divulgar o RPG e ser contestado, é basicamente o que move esse instrumento do saber, por que não chama-lo assim, já que o aprendemos muita coisa da história e da tecnologia jogando e interpretando. Espero que sempre pensem um pouco nessa essência, e se não conseguir pensar, se pergunte: Por quê? Para quê? Com qual intuito eu jogo RPG? E terá a resposta que precisa.

Espero que tenham gostado!

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