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Mercado: O ponto de vista do jogador

Olá d20inteiros de plantão, quem vos fala é Fellipe, do blog Defensor3. Recebida indicação do Jaime para um “debate” sobre o atual mercado do RPG no Brasil, me prontifiquei a dar uma palinha e o Tek aceitou que postasse por aqui. Especialista em mercado ninguém é, mas temos de reconhecer que alguns de nós, RPGistas, são mais ligados que outros nesse quesito. Eu me incluo fora dessa. Logo, escrevo como fã, jogador, como mero “cliente” com todas as especulações e lançamentos para este ano de 2010.

Das novidades do ano

A começar pelo começo. No início deste ano, quando abri o site da Jambô Editora, vi que uma novidade estava para ser lançada ainda neste ano, e essa seria o Tormenta RPG, que inclusive está em pré-venda, e será lançado durante a RPGCon. Revoluções no cenário e novos plots despertaram interesse até daqueles que não se aventuram com os dados de vinte faces, mas sim por gostarem do cenário. A Retropunk anuncia Trail of Cthulhu, um RPG investigativo com toques do horror de H.P. Lovecraft, trazendo um cenário que não é tão explorado aqui no Brasil. E ontem, a novidade que ninguém esperava (com exceção de alguns), a Devir anuncia GURPS 4E.

Claro que haverão ainda mais novidades, suplementos para D&D4e ainda sendo lançados, publicações da linha Mutantes e Malfeitores à rodo, a espera dos 3D&Tistas com o advento do Manual do Aventureiro, fora RPGs Indie.

Roleplaying para todos os gostos

Deu pra notar que os lançamentos deste ano, se comparados aos do ano passado, são bem, digamos, superiores. Em 2009 tivemos o lançamento do D&D4e em português de ponto forte para o cenário RPGístico brasileiro. Lembre-se, brasileiro. Mouse Guard e Pathfinder fizeram muito sucesso lá fora. Felicidade de uns e tristeza para outros, o novo sistema (D&D4e) não agradou à gregos e troianos como nas guerras edições passadas. Já este ano, tivemos uma variedade muito boa de sistemas lançados, arriscando aqui um palpite, agradando a todos. Eu, particularmente, fiquei empolgado com o Tormenta RPG. Há muito tempo não jogo nada do gênero d20, nem de Tormenta como cenário, e o casamento de regras mais adaptadas me despertaram a atenção, sendo este, voltado para os RPGistas mais jovens. Sem preconceito!

Sobre o Trail of Cthulhu, é uma novidade no gênero, que QUASE não é representado no Brasil. Particularmente falando, só tenho notícia do Tio Nitro e do pessoal do Mundo Tentacular dando suporte a esse tipo de jogo por aqui. O gênero é sensacional, mas a jogabilidade exige um caráter mais sério para os jogadores. E o pior para alguns, não tem porrada, é correr e correr!

A Devir há um tempinho atrás anunciou então, por meio de um ARG, que uma novidade estaria por vir. Muito especulou-se, inclusive em pouquíssimo tempo, sobre o que seria o tal lançamento. Call of Cthulhu foi o mais cotado, e falando como jogador, esperava que fosse, mas não, infelizmente. Alguns chutaram Eberron, e alguns outros cenários, MAS, temos GURPS. O RPG de Steve Jackson em sua 4ª Edição trouxe um enorme frisson na comunidade RPGística ontem. Com intuito subliminar de trazer o velhos jogadores do sistema a se aventurar nesta nova edição, e de fazer os novos conhecerem o sistema (eu particularmente não conheço!), que utiliza o d6 como base.

RPGCon, o encontro!

Talvez, mera especulação de um “sabe-nada”, parte destes lançamentos sejam mostrados na RPGCon. Tormenta RPG é presença garantida, podendo então haver novidades durante o evento. Afinal, não é somente o futebol que é uma caixinha de surpresas.

C’est fini

Enfim pessoal, não foi uma análise grande, completa, com gráfico e comparagramas, mas acredito que tenha se entendido um pouco do que foi 2010, e o que será (é, ainda não acabou), um ano completo para o RPGista brasileiro. Aproveito aqui para deixar minhas salvas às editoras que vem dado show neste ano. A economia deste ano continua forte, um bom ano para o Brasil, despertando o interesse dos RPGistas em abrir a carteira e pagar um pouquinho. Não citei muito preços, e o fator economia em isso. Um pecado em falar sobre mercado e não citar os itens? Eu, IMHO, acredito que não. Preço não é assim um quesito que possa vir a tirar da mente do comprador aquilo que deseja comprar quando gosta, quando deseja. Vale muito do que é apresentado do produto. Um professor de Economia me disse que o mercado para 2011 será pesado, então, comprem enquanto não é tarde. Abraços!

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