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Hierarquia, quem é quem?

Nós sempre ouvimos falar de Duques, Barões, Marqueses e mais trocentos títulos dados a pessoas importantes. Muitos trazem essa hierarquia nobre ao RPG, mas ainda assim, não entendendo seu real significado. O artigo a seguir visa esclarecer ao leitor, a ponto de estender por uma visão “administrativa” do por que desses títulos.

Este texto segue um contexto histórico, mas que pode perder o valor dependendo da cultura a ser comparada.

O Rei

Um rei é o escolhido dos deuses para a tarefa de governar, sangue azul corre em suas veias e a ele é dado o poder supremo (alguém pensou no Dourado?) de governar como bem quiser os recursos de um reino. Um Rei decide quem é aliado ou inimigo, se alguém é culpado ou inocente. Por sua suposta origem divina, é obrigação do povo seguir suas palavras sem pestanejar, acreditando que isso é uma honra. O Rei tem auxiliares de alto posto na administração real, mas novamente é ele a dar a palavra final.

A Rainha

Em algumas sociedades a rainha não possuia poder algum, sendo apenas uma figura decorativa. Em outras, era ela a governar na ausencia do Rei, sendo a segunda em poder. Um Rei morto deixava o reino nas mãos da Rainha e dos Duques até que um de seus filhos tivesse idade para assumir o trono. Caso o Rei não possua filhos, um dos duques é coroados. É tarefa da Rainha prover filhos a seu marido, caso contrario vai para o banco de reservas enquanto outra assume o posto.

Os Príncipes e Princesas

Princesas eram utilizadas como “vacas da paz”, prometidas em casamento para forjar alianças. Os princepes por outro lado, após certa idade, tornam-se comandantes militares. O primogenito toma posse do trono, enquanto os mais novos podem ser Duques ou Marqueses.

O Duque

Normalmente um membro da familia real, o irmão mais novo do rei, ou mesmo um primo influente. Os Duques detinham grande poder administrativo, pois tinham sob seu comando um ducado, ou uma província. Possuiam grande poder militar, podendo reunir o exercito como bem entende-se desde que o não o utilizasse contra as vontades do Rei. Um Duque era quase tão poderoso ou famoso como o possuidor da coroa, portanto amplamente conhecido e temido. Era também aos Duques dada a obrigação da administração do reino caso o Rei estivesse fora do território ou caso perecesse e o sucessor fosse muito novo para assumir o cargo. Não era incomum um Duque usurpar o cargo de um príncipe inexperiente ou jovem demais.

O Marques

Marques vem de “marca” ou território de fronteira, por isso nada mais é o homem nomeado pelo Rei para defender as fronteiras de seu território não pacificadas. Tinha amplo poder militar, sendo muito mais um general que um administrador. Um Marques também detinha poder supremo em suas terras, respondendo apenas a Reis e Duques. Princepes só eram superiores se representassem seu pai. Um Marques muitas vezes era enviado para cuidar de um território longínquo, onde o pulso do rei era fraco, e qualquer retaliação por parte da coroa podia ser tardia.

O Conde

Se um Presidente fosse um Rei, os Condes seriam seus Ministros. Com funções administrativas, o Conde auxilia em decisões políticas, cuida do recolhimento dos impostos e da contabilidade dos exercitos, ou outras mais, cada um designado a uma função especifica. Normalmente um titulo dado a sábios e magos, mas que pode ser obtido por um comandante de tropas experiente em administração. Um conde sempre acompanhará o Rei, seja em seu território ou em viagens. Com um cargo importante mas menos significativo que os anteriores, pode comandar uma faixa de terra não muito extensa, e possuir um séquito de soldados pessoais.

O Visconde

O Visconde era o braço direito de um Conde, servindo como um reserva no exercício da função do conde caso esse estivesse ausente ( embaixada real a um reino vizinho por exemplo). Podiam possuir algum território e ter certa autonomia nos domínios do Conde a qual servia.

O Barão

Enquanto o Conde cuida dos impostos de grandes áreas, o Barão é o responsável por recolhe-lo em áreas menores (como cidades). Dado aos membros da nobreza que obtiveram exito em serviços prestados ao governo, o Baronato é concedido pelas mãos do Rei. Além do recolhimento dos impostos, o Barão fiscaliza as atividades financeiras dos regentes do território no qual atuam. Vivem cercados por escribas e matematicos, enviando gigantescos relatórios ao Rei, contendo perdas e ganhos, moeda por moeda. Um titulo extremamente concorrido, graças a uma parte cedida nos impostos recolhidos. Um barão possui que possui terras, só responde a membros de mais alto calão na hierarquia.

O Nobre

Um nobre nasce nobre, e ponto. O berço de ouro é concedido apenas por nascença, sem poder ser obtido de nenhum outro modo. Os nobres são descendentes da linhagem real e por isso são possuidores de sangue azul.

Encontra-se entre a nobreza geral os filhos e filhas de nobres ou demais membros da família sem um status. O fato de eles não terem um título não os deixa menores que os Lordes, porque eles levam o sangue da nobreza. É muito raro ter um membro da nobreza casando-se com um mercador, camponês ou lorde, porque seria a diluição do sangue e geralmente se isso ocorre o nobre perde seu título para se igualar a seu conjugue que não pode atingir o status da nobreza. É comum entre a nobreza os casamentos arranjados, exatamente para evitar esse tipo de constrangimento. É raro, mas acontece, de alguns nobres deixarem a nobreza e tornarem-se aventureiros. Neste momento eles podem perder o titulo de nobre e se igualar aos párias que tentam imitar.

O Lorde

Enquanto todos os outros títulos exigem o nascimento, o Lorde é um Comandante de tropas que atingiu um patamar extremamente alto. Um homem de confiança de um Rei ou um Duque, que recebe terras e o direito de ter seus próprios homens de armas. Tem o direito de cobrar impostos e é a lei em suas terras. Devendo marchar imediatamente caso seu superior mande, ou mesmo comparecer aos inúmeros conselhos de guerra.

Um Lorde é o único não nobre a ser aceito pela sociedade, tido como figura importante. Rei Arthur na trilogia de Bernard Cornwell era um Lorde que se tornou regente por que o Rei legitimo não tinha idade para assumir.

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