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Chega de testes!

A última tirinha do DM dos Anéis me lembrou de um mestre que exigia testes pra tudo.

Teve uma vez que, no início da sessão, os personagens partiriam em viagem a cavalo. Como poderíamos prever, ele exigiu um teste de “cavalgar” para subirmos nas montarias (até eu, que nunca fiz aula de equitação, já fiz um passeio a cavalo!).
Obviamente, os experientes aventureiros, que já tinham salvo o mundo e derrotado dragões, falharam miseravelmente nos testes.
“Bem.”- Disse ele. “Então vocês não conseguirão iniciar a viagem assim.”
E respondemos:
“Ok. Então eu vou pra taverna!”
“Eu volto pra casa.”
“Pego minhas coisas e vou pra hospedaria dormir.”
E ele, p* da vida, teve que voltar atrás na sua decisão, já que sua aventura havia terminado nos primeiros 5 minutos.
Na minha opinião, testes só devem ser exigidos nas seguintes condições:
A situação é anormal. O personagem está querendo realizar uma ação não rotineira.
Andar numa corda bamba, escalar um penhasco com inclinação negativa, procurar pegadas sobre a rocha, etc
Quando a falha no teste pode gerar uma situação engraçada, em que haja uma oportunidade para roleplay.
Tentar “pegar” a filha do prefeito, roubar um cigano, fazer ligação direta num carro de polícia, etc
Quando o mestre NÃO DESEJA que o personagem execute uma tarefa, mas também não quer impedí-lo.
Normalmente, uma ação cujas consequencias atrapalhem o andamento da campanha, como personagens matando NPCs inocentes, destruição de propriedade, adquirir riqueza absurda, etc
Combate.
Dããã
Quando os personagens entram em conflito entre sí (lembrança do Túlio).
Nesse caso, os dados serão os juízes da situação, e o melhor é que o mestre se mantenha imparcial.
Se você reparar, todas as circunstâncias envolvem ADRENALINA. O suspense pelo resultado gera ansiedade, que é o que dá a emoção da vitória de um rolamento bem sucedido.
Se não há adrenalina, o teste provavelmente não deveria ser feito.

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