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Resenha: Prototype

Prototype apareceu em 2009 com uma proposta ousada: um jogo de cenário aberto, com um protagonista super-poderoso e enredo envolvente. De temática adulta, com muito sangue nos olhos, Alex Mercer chuta bundas degrau por degrau para se consagrar o Kratos da era moderna. Será que conseguiu?
Olá nobres guerreiros, donzelas e trolls!
Depois de eras incontáveis sem postar, eis que apareço com mais uma resenha de game. Vou contar pra vocês que trabalho + faculdade + livro de regras é uma mistura difícil de se levar adiante. Mas, quem quer fazer encontra um meio, e quem não quer, uma desculpa. E eu não vim me desculpar. Falemos portanto de Prototype, o jogo de ação mais fodão deste ano!
Título: Prototype
Produtora: Activision
Ano: 2009
Gênero: Ação
Plataformas: PC, PS3 e Xbox 360
Site Oficial: www.prototypegame.com
Enredo
Alex Mercer acorda numa sala de operações, sem se lembrar de muita coisa, e então começa a ser perseguido por militares que o querem morto a qualquer preço, em plena Nova York sitiada. Enredo simples, direto, mas com muito detalhes, que são literalmente absorvidos pelo protagonista ao longo da trama.
O Jogo
Prototype trabalha magistralmente seus componentes principais: cenário aberto, super-poderes e ação contínua. A cidade é tão bem trabalhada que após algumas horas de jogo já é possível se deslocar aos lugares mais comuns sem ajuda do mapa. A jogabilidade então: nota 10! Os controles são fluídos, e o uso dos poderes é extremamente intuitivo.

Aliás, a grande sacada do jogo está no uso dos poderes: Alex pode criar lâminas que fatiam infelizes pelo caminho, mãos de marreta que estouram tanques de guerra, se disfarçar de qualquer um no cenário (além de adquirir conhecimentos de pessoas-chave), e correr pelas paredes, realizando saltos imensos e planando entre os prédios. E o melhor de tudo: sem colante amarelo ou capa vermelha.
Alex é um anti-herói e um vilão.  Ele mata sem remorso, e trata todos como inimigos. Ao contrário de vários jogos com super-heróis, aqui o jogo te estimula a empregar todos os seus poderes das formas mais criativas possíveis, ao invés de te repreender a atos nem sempre empolgantes. Nada de Jedi bonzinho ou Homem-Aranha emo. Você faz o que quer, e pronto.

Prototype é extremamente violento. Quase todos os seus golpes ou poderes fazem picado dos pobres mortais. Aliada à violência, temos uma física muito bem trabalhada. Após jogar Spider-man: Web of Shadows, e ver pessoas comuns caindo de 20 andares sem sofrer nada, é muito gratificante ver um jogo que não se preocupa com censuras e leva as coisas a sério.
Mas, com tanto poder, o que pode ser temido? Simples. Monstros com capacidades parecidas com as suas, pelotões de militares com armas explosivas, tanques de guerra e helicópteros com mísseis sempre fazendo da sua vida um tormento… ou uma festa! A habilidade de Alex de se disfarçar e aprender novas perícias dá um tom especial ao jogo. Ao invés de simplesmente explodir veículos militares, você pode controlá-los (as invasões aos helicópteros são sempre legais, não importa quantas vezes você as faça).
E para tanta ação, existe recompensa. Quase tudo que Alex faz rende pontos de experiência, que são distribuídos em novos poderes e habilidades. No topo desta lista, estão os Devastators: ataques que só podem ser realizados com o life cheio, e causam dano em todos nas proximidades. E na falta de poderes, simplesmente se atire do 30º andar e veja todos voando para os lados na sua aterrissagem. Prototype dá aula de diversão em jogos de ação atuais.

Ok, nada é perfeito. O enredo do jogo está bem acima da média. Muito bem elaborado, o jogador vai juntando as peças da sua memória ao absorver seus inimigos. Entretanto, os acontecimentos são quase totalmente lineares, e toda a história do jogo acaba indo pro segundo plano. Não que isto seja ruim num jogo desse porte.

Prós
– Poderes realmente interessantes.
– Destruição em larga escala.
– Diversão confirmada.
Contras
– Enredo mal aproveitado.
– Talvez mais tipos de inimigos pra completar o jogo.
Avaliação do .20
Viciante até dizer chega, o jogo promete várias horas de diversão, com muitas explosões e bundas chutadas. Imagine ser um personagem com a força do Hulk, a agilidade do Homem-Aranha, a capacidade de infiltração da Mística e o jeito “mais grosso que dois porcos abraçados” do Wolverine? Eis Alex Mercer. E não pense que zerando o jogo simplesmente acaba. Prototype não vai te deixar sair da frente da TV ou monitor tão cedo…
Inovação: 8,5
Enredo: 7,5
Jogabilidade: 10,0
Gráficos: 9,0
Física: 8,5
Diversão: 9,0
Jogar de Novo: 10,0
Nota Final: 9,0

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