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Morro da Fumaça by Z: Parte I

Oh, yeah! Voltando ao assunto preferido deste que vos fala: zumbis! Lembram do meme do dia Z que varreu a blogosfera de RPG (como um vírus! Hahaha! Não resisti)? Pois como o pessoal tava discutindo na lista de discussão dos Blogs de RPG que seria legal um cenário baseado naquele meme. Bom, cês sabem o que eu fiz, certo? 😉

Com vocês Morro da Fumaça by Z: Parte I.

O Inferno não é o bastante

Fazem quase dois meses desde que enviei aquela mensagem pelo blog. Tivemos muitos problemas e algumas vitórias desde então. Para começar conseguimos efetivamente isolar a cidade usando os rios mas, infelizmente, alguns deles não são uma defesa boa o suficiente. Em alguns pontos eles são muito baixos e ocasionalmente alguns zumbis passam por lá. Por isso nunca é completamente seguro dentro da cidade. Tivemos que montar uma zona de segurança dentro da zona de segurança.

Na verdade, são várias pequenas zonas de segurança internas. Não temos madeira ou concreto suficiente para fechar todas as áreas importantes da cidade então fizemos micro-zonas nessas áreas. Algumas dessas zonas as vezes envolvem um quarteirão inteiro, noutra apenas um edifício e uma outra estrutura. A idéia é gastar recursos só com o que vale a pena.

O hospital São Roque e o edifício Cavaller são os únicos lugares na cidade, fora algumas fábricas, que tem um gerador de energia nativo, nós não sabemos como desmontar os geradores das fábricas e levar eles para outros lugares, então deixa-mos para lá. O Cavaller é importante por que, além de ter gerador, ainda é o maior prédio da cidade e fica de frente para o posto de gasolina do Zézo. Como postos de gasolina não funcionam sem energia, fizemos um gato do prédio para o posto e botamos tudo para funcionar sempre que necessário.

O caso do hospital é mais complicado. Apesar de ficar em um morro, não tem muitas construções em volta para trancar o caminho. Então ele fica muito exposto. E a vegetação em volta só causa problemas para notar a aproximação dos mortos. Por outro lado, abandonar o lugar está fora de cogitação. É tudo o que temos para garantir a saúde das pessoas. Por isso resolvi mandar cavar um fosso em volta. Enquanto ele não fica pronto, destaco o pessoal com mais armamento para ficar por lá e garantir a segurança.

Um outro problema é que, mesmo dizendo que nós “limpamos” a cidade dos zumbis nas primeiras semanas, isso não é totalmente verdade. Há muitas casas fechadas cheias dessas coisas, por causa de gente que se escondeu depois de ser atacada na rua e acabou virando zumbi, então organizo patrulhas de gente responsável por arrombar essas casas em busca de suprimentos. Não me entendam mal. Entrar nessas casas para descer o cacete nos zumbis e dar um descanso final para os coitados é muito nobre e tal. Mas, não arriscaria a vida das pessoas daqui só por isso, comida e coisas úteis são prioridade.

E por coisas úteis eu digo praticamente qualquer coisa. Até hoje não achamos a porcaria do manual dos geradores, por exemplo. Eu daria dois maços de cigarro pra quem achasse um destes. E mais seis pra alguém que conseguisse ler e aprender a mecher direito nos geradores. Por que vai chegar o dia que essas coisas vão dar pau e a gente não vai saber como consertar.

Armas e munições também são uma boa. Uma vez encontra-mos uma AK-74 e outras armas menores, além da munição, na casa do “Kilo Agiota” (provavelmente o zumbi mais gordo já visto, acho que ele matava as vitímas por esmagamento em vez de mordidas). Mas, sinceramente, estamos perigosamente perto de ficar sem munição. Já mandei todo mundo carregar facões, foices e marretas e sempre preferir uma decapitação ou esmagamento de crânio ao invés de um tiro mas, não posso culpar alguns deles por não querer chegar perto demais dos zumbis.

Estava pensando se valeria a pena uma expedição até o quartel do exército em Cricíuma. As possibilidades de as coisas darem errado são enormes.

Agora, um problema que realmente está me tirando do sério são os ladrões. O meu pessoal se arrisca saindo por aí atrás de comida, cigarros e gasolina para todo mundo da cidade e a porcaria de uns ingratos ficam roubando do depósito na calada da noite. Se  descobrir quem anda fazendo isso juro que acabo com o desgraçado em pessoa.

Os Demônios do Novo Mundo

João Paulo Francisconi (Lutador 3/Sobrevivente 2)

Eu mesmo. Tenho que admitir, quando essa merda toda estourou, era o único maluco que sabia o que fazer. Então todo mundo começou a confiar em mim pra tudo. E todos ficaram muito grato de estar vivendo na único cidade que se manteve mais ou menos inteira em centenas de quilômetros (graças em parte à própria geografia local, benditos rios!).

Mas agora tenho certeza que as pessoas já estão pensando se sou o melhor líder. Mesmo que eu saíba o que fazer quando o assunto são zumbis,  não sou o mais indicado para organizar a sociedade. Enfim, não sou um político. Só um cara que sabe matar e mandar. Tanto faz. Eu sei que há alguns outros tão bons quanto eu por aqui. Claro, nem todos tem lá muito caratér. Mas não é como se eu mesmo fosse um exemplo. Já tive que fazer algumas merdas e não me envergonho disto.

No mais, posso não ser o melhor, mas com certeza sei o que faço e consigo manter todo mundo seguro. Então foda-se todo mundo, porque quem manda nessa porra sou eu.

Claúdio Vasconcelos (Perito 2)

Ex-prefeito da cidade, não faço idéia de como conseguiu sobreviveu quando os mortos se levantaram. Acho que a culpa é minha. Afinal, fui eu e meu pessoal que fizemos com que a epidemia fosse varrida das ruas na primeira semana. Se não fosse por isso, aposto que esse baixinho ia acabar morrendo de algum jeito mais cedo ou mais tarde.

De qualquer jeito, ele é muito respeitado por todo mundo, mais pelo que fez antes da epidemia do que depois. E acho que esse desgraçado está lançando veneno por aí para virar o líder dessa budega no meu lugar. Quando o esquema dos rios não funcionou completamente, foi ele que mais me encheu o saco. Honestamente, não me surpreenderia se acordasse morto qualquer dia por causa de algum partidário deste velhote.

Mas, simplesmente me livrar dele seria muito pior, então ainda estou avaliando a situação. Talvez valha a pena deixar ele cuidar de alguma coisa, ferrar com tudo e perder o prestígio. Mas, e se o desgraçado conseguir ser bem sucedido? Aí que eu não ia mais ter paz. Problemas, problemas, problemas. Por que o inferno tinha que ser tão cheio de problemas?

Valdir “Loko” (Perito 4)

Vou lhes dizer uma coisa. Eu posso ser a porra do coração que mantém viva essa cidade mas, se não fosse pelo Valdir Loko, não teriámos um cerébro. Ele que fez os geradores funcionarem e fez os gatos que mantém boa parte da cidade iluminada, além de construir uma bomba manual para tirar-mos gasolina dos outros postos e transportar para o do Zézo, por exemplo. Fora isso, se antes da epidemia ele já tinha o apelido, agora faz por merecer. Completamente biruta, fica resmugando coisas intelígiveis por aí e qualquer conversa de mais de dois minutos é um inferno para uma mente sã mas, diabos, ele é útil pra caralho.

Wagner (Perito 2)

Manter a frota de carros daqui funcionando é complicado, temos lá alguns mecânicos que cuidam deles pra gente. Mas o estoque de peças (e de gasolina) é uma merda. Vez ou outra a gente tem que canibalizar os carros mais velhos pra manter os mais novos funcionando. E o Wagner, apesar de inicialmente ser mecânico de motocicletas, é o cara com que converso quando quero saber se o pessoal está fazendo o trabalho direito. Há mecânicos melhores que ele, repito mas, nenhum consegue manter uma conversa sem começar a mencionar um monte de nomes e coisas que não entendo em menos de cinco minutos.

Por causa dele, consigo entender do que o pessoal da mecânica precisa, e então dizer pro meu pessoal o que procurar. Mas fora isso ele é um cara normal. Quem manda mesmo no pessoal da mecânica é outra pessoa. O Hilário.

Hilário Casagrande (Perito 4)

Se existe alguém que respeito nessa cidade é esse velhinho. Com mais de quarenta anos de profissão, é meu melhor mecânico, e sabe como mandar. Para falar a verdade, ele provavelmente não gosta de mim. Mas me respeita. E recebe respeito de volta. Dito isto, vale ressaltar que ele é uma alma triste. O filho e a mulher morreram na epidemia. E eu nem quero saber como ele conseguiu sobreviver.

Acho que para afastar pensamentos ruins ele trabalha mais do que qualquer outro mecânico, sozinho cuida de metade da frota. Mas, e isso vem me preocupando, o estado de saúde dele está se desgastando. Cada vez que o vejo  parece mais pálido e magro, com essa idade daqui a pouco vai precisar de antibióticos, e tenho certeza que os que a gente tem no São Roque não são fortes ou numerosos o suficiente.

Dr. Luiz Marcelo (Perito 5)

O Dr. Luiz é um escroto. Dito isso, ele é foda também. Excelente médico, experiente, consegue fazer milagres com o pouco que temos aqui. Mas ele continua sendo um escroto. Do tipo que come criancinhas. Se é que me entendem. Normalmente, encheria o safado de chumbo ou jogava para os zumbis, ou ambos. Mas, se faço isso, ficamos sem médico na cidade.

Para evitar problemas, o doutor não sai do hospital e a guarda do lugar tem ordens minhas para ficar de olho no filho da puta. Especialmente se houver criancinhas por perto.

Sem Futuro para Homens Mortos

Esta primeira parte apresentou a situação geral da cidade e principais NPC’s, na próxima parte, pretendo apresentar as localizações citadas com maiores detalhes ? incluindo fotos e, se rolar de conseguir algo na prefeitura, até as plantas dos lugares. Também pretendo trazer várias idéias gerais para aventuras envolvendo a cidade.

A maior parte já está escrita mas, honestamente, isto aqui ficaria gigantesco se colocasse tudo de uma vez. Isto é, ainda mais gigantesco do que já está. Espero que apreciem essa primeira parte, pessoal. Lembrem-se: fiquem atentos ou os zumbis vão comer suas bolas!

Em tempo: todo este texto é uma peça de ficção. Mesmo usando algumas pessoas reais como base, estes personagens não correspodem as suas versão do mundo real. Afinal ? e tenho que admitir isso, só numa fantasia louca destas uma pessoa como eu poderia ser o líder de uma comunidade pós-apocaliptíca.

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