Chris Pramas, o cabeça da Green Ronin, anuncia em seu blogue que, revisada ou não, nada de GSL nos produtos de sua editora. Segundo ele, a Wizards enrolou demais em se tratando da liberação/revisão da licença, e uma editora, afirma, não fica simplesmente parada esperando enquanto a noiva se arruma. “A Green Ronin negocia no mercado de livros, o que quer dizer que, idealmente, queremos solicitar novos livros com nove meses de antecedência a seus lançamentos. Bem, eu certamente não iria comissionar livros para um jogo que eu sequer havia visto e usando uma licença cujos termos eu desconhecia. Tampouco eu iria projetar às cegas na esperança de que tudo ficaria bem.”
“Nós tínhamos linhas como Mutantes & Malfeitores e True20 para prestar suporte, e a nova linha A Song of Ice and Fire para lançar, bem como novos acordos para negociar,” afirma Pramas, “A companhia (Green Ronin) havia começado a se diversificar além do material d20 anos atrás, então bastava apenas continuar essa tendência.”
Chris afirma que, apesar das melhorias na nova GSL, pouca coisa realmente mudou. Segundo ele, havia na Wizards of the Coast uma facção que era a favor de excluir totalmente as empresas externas, enquanto outra, que contava com Scott Rouse e Linae Foster, eram a favor de publicações por parte dos third parties. No fim das contas, a GSL acabou resultando em algo em que ambas as partes tiveram de ceder, sem satisfazer integralmente nenhuma.
“Então, quando a revisão da GSL saiu, tive de me perguntar se eu queria a Green Ronin puxada para a órbita da WotC, mesmo que tenuemente. A resposta tinha de ser não. Não quero ter de especular novamente o que uma nova edição do D&D significa para a minha empresa. Não quero ter de me preocupar se a 5E ou a 6E serão abertas para empresas externas. Não quero viver com o espectro de que uma pessoa errada possa vir a se tornar um executivo da Wizards e arruinar meu negócio com uma simples canetada. (…)”
“E mesmo deixando de lado o papo de negócios e análise por um instante, ainda poderia ser tentador publicar algo para um jogo em relação ao qual estivéssemos entusiasmados. Eu passei a metade do ano passado mestrando e jogando a 4E. Eu jogaria novamente, mas não tenho qualquer desejo de projetar material para ela. Assim como os demais colaboradores da Green Ronin. É minha experiência na indústria de jogos que não se faz ótimo material para um jogo pelo qual não há paixão. Você pode se lembrar de que durante a explosão do d20, umas quantas empresas estabelecidas entraram na roda, uma vez que se deram conta que poderiam ganhar dinheiro com isso. Elas não conheciam ou se importavam com as regras, e isto ficou claro nos produtos resultantes.”
Embora alguns possam ficar aborrecidos com o fato de não ter os excelentes produtos da Green Ronin para a 4a. edição, aqueles que acompanham as linhas da editora contarão com diversos lançamentos interessantes para esse ano. A linha M&M contará com os suplementos Warriors & Warlocks e Mecha & Manga; baseada na série homônima de romances, teremos a linha A Song of Ice and Fire; para True20, novas aventuras ambientadas em Porto Livre. Não é como se produtos sob a GSL realmente fizessem falta.