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Mini-Cenário – Continuum (01 de 06)

Mini-Cenário
Continuum
– Estamos cercados. Deus, eles são muitos! Vocês precisam destruir o portal, senão será o fim. Eles irão destruir tudo, e a culpa será nossa!
– Última transmissão da Equipe Exploratória em Terra-2.
Introdução
Continuum é um micro-cenário futurista para jogos de RPG desenvolvido por Marlon “Armageddon” Teske apenas para passar o tempo. Apesar de poder ser jogado com qualquer sistema por sua própria conta e risco, ele será apresentado totalmente voltado para o sistema 3D&T da Jambô Editora, com pequenas adaptações inclusas no corpo do texto para tornar-se mais fidedigno ao tema.

Projeto Continuum

No ano 2017, o cientista chinês Maito Ming – que recebeu o Prêmio Nobel de Física no mesmo ano – desenvolveu a teoria que permitiria transportar matéria pelo universo através de túneis artificiais auto-contidos semelhantes aos Wormholes (ou Buracos de Vermes, encontrados naturalmente no espaço próximos à buracos negros). O processo – chamado de Salto – foi considerado por anos como sendo relativamente dispendioso, especialmente devido à imensa necessidade de energia para abrir um portal de transição. Isso perdurou até 2022, quando foi desenvolvido o primeiro Continuum.
Tratava-se, enfim, da teoria aplicada de Maito. O projeto desenvolvido em conjunto pelos governos Norte Americano e Chinês, assessorado pelo Fundo Internacional para Pesquisas Espaciais custou vários trilhões de dólares e literalmente faliu os Estados Unidos da América (cujo território foi leiloado e adquirido pelas oito maiores multinacionais do planeta). O Portal com dois milímetros de largura exigia um equipamento de contenção espalhado por sete andares de um edifício.
Nos próximos sete anos, outros quatro Continuuns idênticos ao primeiro foram licenciados e construídos, um em cada continente da Terra. Sua prima função era o de geração de energia térmica, trazida diretamente do coração do Sol através de um Portal. Com o problema da geração de energia resolvido, o projeto atingiu seu segundo estágio. Em 2024, a equipe do Continuum Ásia conseguiu levar matéria sólida até Mercúrio, ampliando um portal de poucos milímetros até meio metro. Até o fim deste ano, era possível enviar uma pessoa em perfeitas condições de um continente à outro da Terra.
Foi o início de uma corrida entre as equipes de cientistas dos cinco continentes para definir quem enviaria o primeiro humano vivo até outro planeta. Nesta mesma época, a nanotecnologia e a informática avançaram à passos largos, possibilitando a gradativa redução do equipamento e do custo por cada salto através do espaço-tempo. Os Continuuns tornaram-se cada vez menores e com maior capacidade de envio, até que em em 2025, o Brasileiro Carlos Souza financiado pela gigante da exploração de minério Antares tornou-se o primeiro homem a Saltar até Marte, onde nenhum homem pisava desde a missão da extinta NASA em 2013.
Em 2026, a iniciativa privada assumiu o controle dos Continuuns – que encontravam-se em sua maioria sucateados desafogando os cofres públicos de sua onerosa manutenção e possibilitando novos avanços alavancados pela possibilidade de explorar suas vantagens comercialmente. Até o fim daquele ano, era possível instalar sem dificuldades aparelhos de transporte, enviando e trazendo mercadorias e matérias primas diretamente de seu fornecedoraté o chão de fábrica. Até 2030, a maioria das cidades da Terra já estavam ligadas por Continuuns.
Com a Terra enfim verdadeiramente globalizada,  a exploração espacial tornou-se foco. Ano após ano, os saltos tornavam-se maiores e mais precisos. Computadores desenvolviam os cálculos de salto vasculhando os planetas do sistema atrás de fontes de minério que se mostrassem economicamente viáveis. Até o fim da década de trinta, todo o sistema solar era, de alguma forma, utilizado pela humanidade. Desde depósitos de lixo aguardando destino em Saturno até a captação de água potavel nas luas de Jupiter. Foi também neste ano que os saltos para além do sistema solar tiveram início.
Em 2034, um novo planeta habitável foi localizado em Alfa Centauro, orbitando Proxima Centauri. Este mundo possuía uma bioesfera compatível com a terrestre, sendo apelidado de Terra-2 pelo corpo de exploradores que o visitaram pela primeira vez. Os dois meses que se seguiram mostraram que Terra-2 era perfeitamente adaptável ao homem, podendo ser colonizada nos próximos anos sem grandes dificuldades econômicas. Animados com as perspectivas de lucro, um Continuum de retorno foi construído no planeta. Após sua conclusão, o portal até Terra-2 foi lacrado e todas as comunicações foram cortadas.

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