É bom destacar que, quando me refiro à “evolução”, quero dizer mudança e adaptação, não “melhoria”, ok?
Lembrei de uma postagem bacana que o Neme fez no Vorpal, sobre um guia explicativo de “como ser um jogador de D&D old school”.
Vou colocar um resuminho sobre 2 regras que achei muito importantes:
– Crie regras, ao invés de usar regras:
O personagem poderia fazer o que quiser. O jogador descreve a ação e, usando o bom senso, o mestre decide a resolução da ação, rolando dados apenas quando exista alguma aleatoriedade na questão.
– Use as habilidades do jogador, não do personagem:
Ao invés de rolar spot ou sex-appeal, o jogador old school descreve para o mestre o que está fazendo. Quais os botões que o personagem está apertando e qual a cantada que ele vai tentar usar com a moça.
Foi lendo isso que eu percebi o quão dependente dos dados me tornei com os anos.
Em algum momento na história do RPG os dados se tornaram uma muleta para rpgistas tímidos (eu) fazerem suas jogadas sociais, bem como os impulsivos serem contidos por meio de suas jogadas de spot.
E eu percebi que acabei deixando o “interpretação” do roleplay um pouco de lado.
O que eu quero dizer é que, se eu não estiver realmente inventando uma cantada para dar em cima da moça, onde está a interpretação?
Nesse sentido, percebi que a nova edição do D&D trouxe de volta algo que estava meio velado. Se o mestre tiver as regras acima em mente, o roleplay pode largar as muletas que estava usando (os dados).
Será mais difícil jogar, sem dúvida, em compensação será mais RPG.
Assim, agora começo a ver que o D&D não voltou a ser um jogo de combate tático.
Ele evoluiu para um jogo tático, cinematográfico, mas ainda com as velhas possibilidades de roleplay. O roleplay old school.
Viajei demais?