Ícone do site RPGista

Campanhas de Zumbis: Eventos

Há algumas semanas, comecei a escrever o que deveria se tornar uma aventura ambientada em um apocalipse zumbi. Salvo o bom começo, logo percebi que isso poderia não funcionar muito bem. Boas aventuras estão intimamente ligadas aos personagens. Quando compro um livro com uma aventura pronta, geralmente apenas uso para roubar uma ou outra idéia para encontros.

Pois é, aí é que está, encontros. Ok, talvez o nome correto seja Eventos. Situações que ocorrem dentro de uma aventura, com ou sem o poder de influenciar o resultado final desta. Então decidi postar, em vez de aventuras, eventos livres para serem inseridos em qualquer aventura. Espero que gostem da idéia. 😉

Vivos lá fora! [NE 5]

Durante o dia, os jogadores ouvem tiros e pneus cantando próximo ao abrigo. Um caminhão caçamba vem descendo pela rua do abrigo, atropelando os zumbis. Além do motorista, há mais pessoas na parte traseira do caminhão, algumas delas com armas de fogo como pistolas e carabinas calibre .12. O caminhão está muito avariado depois de repetidas batidas e atropelamentos no trajeto. Não parece que irão conseguir sair da cidade e chegar a algum lugar seguro.

De repente, o condutor desvia rapidamente de um zumbi, perde o controle do caminhão e bate contra uma construção próxima. Os ocupantes da parte traseira parecem bem, mas atordoados. É impossível saber o estado do motorista. Os zumbis rapidamente cercam o caminhão. Em adição, a construção parece estar prestes a desabar e soterrar os sobreviventes (Inteligência, CD 10 para perceber isto).

A partir daqui, os jogadores devem decidir rápido. Ou ajudam estes sobreviventes ou assistem à sua morte desesperada. O prédio irá desabar dentro de 15 rodadas (1 minuto e meio, em tempo de jogo), até lá eles devem eliminar a ameaça dos zumbis e abrir caminho para a fuga dessas pessoas até o abrigo. Entre o grupo a ser resgatado, há três pessoas armadas com duas pistolas (ataque +3, dano 2d6) e uma carabina calibre .12 (ataque +4, dano 2d8) que tentarão dissipar a horda por si mesmas, mas elas não tem munição ou tempo suficiente.

Horda de Mortos-Vivos: ND 5; Infectado (Enorme: Horda); DV 18d6; 63 PV; Iniciativa -2; Deslocamento 4,5m; CA 11, toque 10, surpreso 11; Ataque Base: +9; Agarrar +10; Ataques: corpo-a-corpo: pancada +10 (dano 1d6+1), mordida +10 (dano 1d4+1 mais infecção), horda (2d6 mais infecção); Espaço/Alcance 1,5m/1,5m; AE: sangue infectado, infecção; QE: sentido-cego, fome animal; Tendência Neutra; Fortitude -, Reflexos – (falha automaticamente), Vontade +0; For 12, Des 6, Com -, Int -, Sab 10, Car 1.

NPC’s

O grupo de sobreviventes resgatado é composto de oito pessoas. Nove, caso os jogadores consigam resgatar o condutor do veículo. Ele está desmaiado e ferido dentro da cabine, parece morto a primeira vista, e somente um exame mais atento (Observar, CD 20) permite notar que ele ainda está respirando durante o caos do resgate.

São três mulheres, quatro homens e duas crianças. A seguir, um breve histórico de cada personagem:

A família Silvonei de Rocha

Estes são Jobim (48 anos) e Raquel (43), pais de Alessandra (17) e Júnior (11). Eles sobreviveram ao primeiro estágio da infecção se abrigando em um prédio, em outro bairro da cidade. O caminhão de Pedro (34) os resgatou quando já estavam quase sem água e comida, há algumas horas. Jobim era advogado e Raquel dona de casa, é dele a carabina calibre .12, que usava para tiro esportivo aos finais de semana.

Eles são a típica família de classe média branca. Jobim cultiva um bigode à portuguesa em uma vã tentativa de dissipar a atenção da sua careca proeminente, está vestindo o que parece ser uma roupa de pescaria, completa com botas de plástico e um colete com dúzias de bolsos. Raquel está vestida com roupas mais práticas, uma calça jeans e uma camisa branca com uma jaqueta por cima. Ela não parece confortável com a roupa. Nos dias seguintes, na segurança do abrigo, ela começara a usar vestidos leves, ressaltando o quão bonita ainda é apesar da idade. Alessandra é um tremendo avião. Nem mesmo a roupa suja e os olhos assustados podem esconder isso. Júnior é um moleque insuportável. Mas está assustado e não vai demonstrar isso até que a segurança do abrigo o deixe mais confiante outra vez.

Tenente Luiz César da Costa

Com seus quase dois metros de altura, Luiz (28) intimida pela aparência máscula. Mas essa é uma impressão que dura pouco. Policial militar, ele é um protetor nato, com ótimo caráter. Ele ainda esta vestindo sua farda, que está decentemente limpa apesar de já terem se passado semanas desde o início da infecção. Ele porta uma pistola 9mm padrão da polícia, mas sua munição é escassa.

Pedro Lúcio Matíola

Caminhoneiro, Pedro é natural de Santa Catarina, e era quem dirigia o caminhão. Caso os jogadores não o tenham resgatado, ele morrerá no desabamento. Pedro fraturou duas costelas e perdeu alguns dentes na colisão, além de ter deslocado o pulso. Um teste de Cura (CD 20) permite prestar os primeiros socorros e garantir que ele se recupere com o tempo.

A família da Silva Pereira

Carine (25) e Carlos (21) são pais de Lúcia (7). Pais muito jovens, Carlos é muito protetor com a sua família. Mantém um olhar desconfiado para todos e sua pistola sempre próxima o suficiente para um disparo. Carine é mais descontraída e acaba tomando a voz de comando da família quando as coisas ficam mais tensas. Carlos não parece se importar com isso. Lúcia é um verdadeiro anjo. Esperta e ativa, não parece ter ainda confrontado a realidade alarmante em que está vivendo, provavelmente graças à super proteção do pai.

Sair da versão mobile