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No need for 4e!

Ou, no idioma de Camões, sem necessidade de 4e. Por que eu faria tão grave acusação? Simples — algumas das novidades alardeadas para a nova edição estão na praça faz tempo, como sabe qualquer observador atento da SRD. O suplemento Unearthed Arcana, da própria Wizards/Hasbro é, o fato é bem conhecido, uma compilação de regras variantes e — se você tem um pendor por isso — oficiais. O True20, por exemplo, utilizou-se de diversas das variantes existentes neste suplemento — que faz parte da SRD –, simplificou e adicionou algumas melhorias. Se você gostou das propostas apresentadas antes do lançamento da 4a. edição — mas ficou irremediavelmente decepcionado com o resultado –, não significa que tais opções não podem estar disponíveis em sua mesa de jogo. E o melhor: tudo compatível com a 3.5.

Skill Challenges
Os famigerados, alardeados e “revolucionários” desafios de perícia nada mais são que testes complexos de perícia com um fancy name. No final é a mesma coisa — em vez de resolver a situação com um teste apenas, você precisa obter um certo número de sucessos. Simples assim.
Saves as Defences
Os testes de resistência morreram e tornaram-se defesas passivas. Com uma fórmula muito simples, você traz isso para a edição 3.5 — seus magos podem agora rolar “ataques” para suas magias, evitando a frustração do “Que execração, ele resistiu à minha magia” — agora a frustração muda de lado. Pode-se expandir esta prática e deixar que os jogadores rolem todos os dados — inclusive a CA, se assim quiserem, fazendo com que, efetivamente, os atacantes estejam sempre escolhendo 10. Simples, não?
Perícias mais simples
Meu ladino de nível X e inteligência Y tem 9890284390 pontos de perícias para distribuir, que inferno!” Não precisa ser assim — com um exercício de maximização obrigatória, você escolhe um número de perícias no primeiro nível, cujas graduações vão simplesmente aumentando conforme você avança em nível. Não que se necessitasse de direcionamento específico para tal — a coisa é bem intuitiva –, mas se a falta de pronunciamento oficial o impedia de fazê-lo, já é seguro deixar tais inibições de lado. Se se quiser, pode-se inclusive mandar as graduações pras favas e usar apenas o nível de personagem.
Action Points
Os pontos de ação na 4e, sinceramente, fazem menos coisas — mas inserir os pontos de ação da 3.5 em sua campanha de D&D é uma boa pedida.
Injury
Okay, a 4a. edição continua usando pontos de vida, mas, se você gosta da abordagem de ferimentos do True20, que controla o dano através de condições, saiba que pode usá-la no D&D. A coisa toda se baseia em testes de Fortitude — mas há a opção de transformá-la em uma defesa passiva.
Magia
A 4e mandou pro espaço a preparação de magias. Como é bem conhecido, você também pode mandá-la pro espaço no seu jogo de 3.5 com a variante dos pontos de magia. Se você vê problemas na multiclasse de conjuradores, os magic ratings podem ajudar. Claro que nada disso resolve o problema dos magos-que-ficam-sem-magias-e-sacam-a-besta, que muitos desgostam, e para isso entra aqui o primeiro conselho não-oficial — faça como no Pathfinder e deixe as magias de nível 0 à vontade. São truques menores que, sinceramente, não têm lá grande potencial de quebrar o jogo — um raio de gelo causa menos dano que a espadada de um guerreiro no 1o. nível, oras. A única que pode causar problemas é aquela de clérigo que cura 1 PV — nesse caso, Pathfinder neles novamente — postule que em vez de curar 1 PV ela meramente estabiliza um personagem que esteja morrendo.
Futricar no d20srd.org pode ser, afinal, bem útil — você pode encontrar soluções para problemas ou achar alguma variante do seu agrado. Com os livros de 3.5 em baixa, pode-se até adquirir um Unearthed Arcana por bons preços, se você é daqueles que prefere os livros impressos. Em ambos os casos, a parte boa é a continuidade de uso de seus livros 3.5 e a não-necessidade de adquirir outros três livros básicos…

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