Eu adoro zumbis, sabe. Adoro histórias de zumbis, na verdade. A mitologia criado por George Romero nos cinemas e quadrinhos me atrai muito como cultura, mas especialmente como material de jogo. Por isso, decidi escrever alguns artigos descrevendo como rolar uma campanha de zumbis. Este é a apenas o primeiro de muitos, esperem por novidades.
Primeiro, antes de começar sua campanha você deve decidir o nível dos personagens jogadores. Esse nível inicial dos personagens depende do tipo de história que você está procurando. Para um horror de sobrevivência, no estilo de Madrugada dos Mortos e outros filmes do Romero (veja alguns se ainda não viu!), prefira os níveis iniciais, até o terceiro nível.
Já se você quer algo mais porrada, como Resident Evil, onde você é membro de uma equipe especial da polícia, agente do governo ou de uma supercorporação, dê preferência para começar entre o quarto e sexto nível. Agora, se você quer esculhambar algo no estilo Planeta Terror, começe no décimo nível ou mesmo além.
O equipamento é um ponto importante. Para o primeiro tipo de ambientação, os personagens são pessoas comuns e devem dar uma boa explicação para portarem uma arma de fogo (ser um policial comum ou um caçador de fim de semana, por exemplo) e armas de fogo pesadas são inacessíveis na criação do personagem. Aqui, armas brancas ou improvisadas serão o principal poder de fogo dos personagens, o objetivo é correr e sobreviver, e não encher os zumbis de porrada.
Para o segundo tipo, armas de fogo automáticas e granadas já até ficam disponíveis, enquanto no terceiro tipo de ambientação um cara com uma M-60 e um lança-foguetes não é nada fora do comum…
Uma ajudinha extra é a revista Dragon Slayer nº15, que traz uma matéria sobre zumbis com idéias para aventuras, fichas dos monstros e, uma idéia muito interessante, um modelo para transformar grupos de zumbis em uma criatura do subtipo Horda, assim, grupos de zumbis passar a ser uma única criatura de ND mais elevado.
Um ponto importante a se trabalhar é a infecção. Nos filmes de Romero, uma mordida ou mesmo um arranhão é o fim. Mas isso não fica interessante para RPG, ou pelo menos para o segundo e terceiro tipo de ambientação, por isso eu acho que testes de Fortitude com uma CD igual a 10 + metade do dano sofrido são uma ótima opção para determinar se um personagem fica ou não infectado ao ser atacado.
Outra opção, apresentada nos quadrinhos The Walking Dead (traduzido no Brasil como Os Mortos-Vivos, não deixe de ler!) é que todos JÁ ESTÃO infectados, se transformando em zumbis quando morrem por qualquer motivo. Uma mordida ou arranhão ainda é mortal se não tratada (e o tratamento é a amputação do membro mordido, nesse caso), mas não é a responsável pela transformação em zumbi.
Algo que não se encontra no Ação!!! mas é preciso implementar é o tão falado tiro na cabeça. Minha sugestão nesse caso é: ataques corpo-a-corpo ou a até 3m contra a cabeça sofrem uma penalidade de -4, e, em caso de acerto, a vitíma deve ter sucesso em um teste de Fortitude com CD igual a 10 + metade do dano sofrido ou morre. Para ataques à distância superior a 3m, a penalidade aumenta para -8.
Outra opção é considerar que acertos critícos valem como tiros na cabeça, destruindo o zumbi automaticamente.