Eu sei. Enrolei para caramba para colocar isso aqui. Mas está lendo isso para me ver reclamar ou para saber como foi o segundo dia no Encontro Internacional de RPG de 2008?
Tanto faz para quê você veio. Isso daqui não é uma democracia e eu escrevo o que quero. 😛
Pré-Almoço
O domingo começou bem mais calmo que o sábado. Sem atividades com horário marcado, Tek e eu concordamos que não era necessário chegar tão cedo assim no evento. Chegamos lá por volta de umas 11h30, e parece que muita gente teve a mesma idéia. O encontro estava bem vazio perto de como estava no dia anterior.
Lá encontramos alguns amigos, conversamos sobre o cenário de RPG nacional, as mudanças que têm ocorrido nos últimos anos. Sistemas que foram, sistemas que estão para voltar (sabiam que Barsaive, o cenário de Earthdawn, vai ter uma versão para D&D 4e?). Enfim, jogamos conversa fora enquanto não dava a hora do almoço. Nada que seja digno de nota, pelo menos de minha parte. Mas prevejo que em curto prazo o meu trabalho lá nos fóruns da Jambô deve ficar mais fácil ou difícil. Espero que mais fácil.
Saímos para o almoço bem cedo. E tínhamos de correr. A Mesa de Vidro, uma palestra/mesa redonda proposta pelo pessoal do D3System, iria começar às 13h30 e eu não queria perder ela. Mas também não queria deixar para almoçar depois dela. Afinal de contas, esperava que a Mesa de Vidro fosse um pouco polêmica, o que quer dizer que poderia se estender além do horário proposto. E aí vai saber que horas eu ia conseguir ir almoçar.
Mesa de Vidro
Voltamos ligeiramente atrasados para a Mesa de Vidro, então tentei entrar furtivamente (tão furtivo quanto um gordinho pode ser, claro). Foi até engraçado, porque devido ao caráter informal da palestra o D3 comentou quando eu entrei “Olha o Spellcaster aí”. Não sei se ele por algum acaso estava falando de mim antes (vai saber o porquê) ou foi reação da minha óbvia falha no teste de Furtividade.
Na Mesa de Vidro muito do que foi mencionado na palestra das editoras do dia anterior foi repetido, só que desta vez numa abordagem mais aberta ao pessoal. Pode-se dizer que o D3 e sua equipe praticamente estimulavam as pessoas a fazerem perguntas no meio das explicações. E digo isso como um mérito da coisa: ninguém parecia inibido. Inclusive, tinha algumas pessoas que simplesmente não calavam a boca, sempre soltando comentários a respeito de tudo que era dito (e podem me incluir neste grupo de pessoas inconvenientes).
Infelizmente não gravei o que aconteceu durante a palestra. A bateria do meu MP3 player acabou à caminho da Mesa, é mole?
Lembro que foi comentado sobre as traduções mais polêmicas. Inclusive, foi dito que a tradução do Warlord deverá ser decidida por uma enquete a ser colocada no site da Devir – a disputa deve ficar entre Estrategista, Militarista e Senhor da Guerra (e eu nem sei porque ainda insistem nos dois primeiros).
Também foi dada uma esperança para quem, como eu, espera ainda ver o cenário Eberron traduzido: Segundo o D3, se a Wizards mantiver o esquema prometido de só soltar três livros por cenário (um livro básico, um guia para os jogadores e uma aventura) e deixar todo o resto para ser incluso em suplementos abertos para qualquer cenário, podemos chegar a ver os livros de Eberron traduzidos! 😀
E por fim, do que eu me lembro, foi ratificado que a Devir vai parar de traduzir material da terceira edição assim que começar com os lançamentos da quarta. O que eu acho ótimo. Bem melhor que tentar se dividir entre os lançamentos da nova edição e da antiga.
No geral a Mesa de Vidro foi bem tranqüila. Inclusive, eu esperava ver algumas alfinetadas e trocas de farpas. Mas não rolou quase nada disso. A maioria do pessoal estava bem mais interessada em sanar as dúvidas do que mostrar para os outros a sua genialidade.
De volta às ruas
Depois da Mesa de Vidro nos juntamos ao Rocha e Tiago Marinho para fazer uma expedição até o shopping ao lado. Nem lembro o que cada um precisava fazer, mas eu tinha de tirar uma grana para ver se comprava algo legal na feira de usados (e nos outros estandes, que em sua maioria não aceitavam dinheiro de plástico).
Foi uma incursão perigosa. No caminho encontramos alguns storm troopers e até um ou outro clone trooper andando pelas ruas de São Paulo.
Maldito Império! Nem mesmo pobres transeuntes são poupados de sua opressão maligna!
Inclusive, me senti realmente jogando um jogo de video-game quando chegamos no shopping. Foi um verdadeiro labirinto para encontrarmos um caixa do Banco do Brasil lá dentro. A gente subia escada, descia escala rolante, virava para a esquerda, andava em círculos. E o Banco do Brasil ainda mudou a interface dos caixas eletrônicos, então rolou até o puzzle antes de conseguir o tesouro.
Um tesouro bem vagabundo, diga-se de passagem. Afinal, eu queria tirar um dinheiro que já era meu!
O final do evento
A fila da feira de usados estava grande, então desencanei e fui dar uma passeada pelos estandes. Comprei alguns DVDs, dados, revistas em quadrinhos. Encontrei amigos daqui de Brasília. Foi bem legal. Pena que no final eu esqueci de voltar para a feira de usados a tempo. Quando lembrei já havia fechado.
Sem mais o que fazer, larguei a minha mochila e casaco no estande da Mantícora e fui ver o WCS (World Cosplay Qualquercoisa – como se eu me importasse com o nome). Primeiro fiquei meio chateado de não ter levado a câmera. Mas até que não tinha muita coisa que valesse uma foto. Talvez a única coisa que valesse a pena fotografar eu não poderia mostrar aqui mesmo.
Depois disso ainda joguei um pouco de conversa fora até o pessoal do evento nos expuls… informar que o evento havia encerrado e que era hora de desmontar os estandes. Juntei com alguns amigos da Lista Tormenta e fomos para um bar perto do metrô. Bem legal. Tocamos a zona rapidinho, falamos bobagem à beça e cantamos e citamos trechos de uma porção de músicas e esquetes do Monty Python.
Um fechamento bem nerd e divertido para um encontro que pode ser definido com os mesmos adjetivos.
No próximo post vou colocar o saldo das compras no EIRPG deste ano. Agora tá tarde demais para isso.