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EIRPG 2008 II: O Primeiro Dia

De volta em Brasília, vamos falar um pouco sobre como foi o EIRPG deste ano.

O 1º Encontro de Blogs de RPG

Para mim o encontro começou com o 1º Encontro de Blogs de RPG. Ele ocorreu no mesmo horário que a Palestra das Editoras (alguém sabe de um link sobre a deste ano?), o que na minha opinião foi um grande chute no saco, porque eu queria muito ir em ambos.
Inicialmente meu plano era aparecer rapidinho no encontro de blogs e depois conferir a palestra das editoras. Entretanto, tinha muita gente legal no encontro de blogs, então resolvi ficar mais um pouquinho por lá. Mas, como disse, tinha muita gente legal mesmo, então no final fiquei até a hora em que fomos expulsos pelo pessoal que precisaria da sala para a próxima atividade.
O encontro foi bem legal, apesar de não ter ocorrido muito que eu possa comentar. Típica coisa que não adianta falar, a pessoa tem de estar lá para entender. O pessoal se apresentou, ficou fazendo troça uns dos outros (de uma forma bastante amigável) e até mesmo ensaiou de discutir alguns dos temas que haviam sido propostos para o encontro. Mas era muita gente, então a conversa nem avançou muito. Ainda assim foi muito legal, quem não foi lá perdeu uma ótima chance de se divertir à beça.
Após a expulsão da sala eu aproveitei para dar um pulo na palestra das editoras. O que foi uma coisa bem acertada de se fazer. Apesar de ter perdido quase tudo, pelo que o Tek me informou não rolou nada de muito interessante. E de quebra eu cheguei a tempo de ouvir na íntegra as informações da Devir.

O Final da Palestra das Editoras

Acho que só assisti os últimos 30 minutos daquela palestra. Cheguei quando o cara da Level Up estava falando de Ragnarok. E nossa, como ele falou de Ragnarok. Fico embasbacado sobre como tanta gente ainda joga aquele joguinho. Poxa, depois dele já veio Lineage 2, Guild Wars e o World of Warcraft. Por que ainda tem gente jogando MMOs com gráficos de 8 bits? Os computadores populares vendidos nos mercados já dão conta de jogos mais pesados que aquilo. E vale lembrar que a Level Up cobra mensalidade, então não estamos falando de gente sem grana para jogar um MMO decente.
Bom. Após o sujeito da Level Up, o D3 começou a falar sobre os planos da Devir.

Além disso, o D3 comentou um pouco a respeito das traduções da Devir, tão criticadas por aí. Ele sabe que os veteranos vão continuar usando os termos em inglês, então o foco deles é dar nomes para os iniciantes. Por isso finalmente vão traduzir Ranger como Patrulheiro; o Warlord está num impasse entre Militarista, Comandante e Senhor da Guerra (que será decidido por enquete); Tiefling não deverá ser traduzido; Dragonborn será traduzido, mas não disseram como (acho que vai ser Draconato mesmo); Warforged finalmente precisará ser traduzido, porque está no Monster Manual da 4E.
O D&D Insider não está por enquanto nos planos da Devir, até por ser uma licença a parte. Entretanto a Devir deve traduzir alguma parte do material on-line disponibilizado pela Wizards of the Coast. Foi mencionado na palestra que já mandaram traduzir o artigo que adapta a Keep of the Shadowfell para Forgotten Realms. Além disso, o Douglas afirmou que se fizerem uma coletânea dos artigos do DDI e permitirem que a Devir traduza isso e venda pelo site, é uma possibilidade até da Devir começar a vender PDF on-line.
Depois disso alguém perguntou sobre a continuação do antigo Mundo das Trevas bem na hora em que o Douglas Quinta Reis chegou, então ele começou a responder sobre isso e sobre o GURPS 4ª Edição. Em resumo, eles vão traduzir mais alguns romances do antigo WoD e suplementos que levam à trama do final do cenário. Mas isso vai depender muito do consumo destes livros. Enquanto os jogadores quiserem comprar, eles vão lançar.
O GURPS 4ª Edição está tendo problemas horríveis de tradução, mas a Devir não desistiu dele. E o Mini-GURPS está sempre aberto para o lançamento de mais livros, desde que as pessoas estejam dispostas a criar suplementos históricos/educativos para ele (então, ele provavelmente não terá mais livros).
Terminada a palestra, fui almoçar.

O Almoço

O almoço com o pessoal foi bem legal. Saímos num bando bizarro. Eu, Tek, Giltônio, Rocha, Tiago Marinho, o Wallace, o Trevisan e o Rod Reis (esqueci de alguém?). Devia ter tirado uma foto, mas estava tão concentrado na idéia de finalmente comer alguma coisa que nem pensei em tirar a câmera do bolso.
Além disso, ainda encontrei lá no shopping alguns velhos amigos da Lista Tormenta, dentre eles o D’Zilla e o H. Pena que não nos esbarramos mais pelo encontro. Naquela hora nem dava para conversar direito, a praça de alimentação estava lotada e eu precisava caçar um lugar para sentar.
Durante o almoço trocamos figurinhas, fizemos piadas, combinamos como seria a saída de noite e ficamos rindo de algumas pérolas que surgiram no evento, como a afirmação de que o cara que conseguir desenvolver um leitor de PDF portátil vai ficar milionário, feita por um dos palestrantes.
Terminado o almoço, peguei dinheiro num caixa eletrônico e comprei um Ghostwalk usado do Giltônio. O livro é bem legal, sempre tive vontade de lê-lo, e ele me parecia ótimo para ser usado numa mesa de D&D 4ª Edição – afinal, o que melhor que uma cidade no fim do mundo para um jogo cuja proposta básica de cenário é pequenos pontos de civilização perdidos em um mundo inóspito?
Voltamos ao evento e nos separamos. Cada um foi atrás de coisas para fazer/assistir/comprar.

A Feira de Usados

A feira deste ano foi bem fraquinha. Parece que o pessoal aproveitou que a nova edição do D&D saiu para se livrar de material antigo e preparar as prateleiras para o novo. E todos tiveram a mesma idéia de cobrar os olhos da cara em material de AD&D. O resultado foi desanimador: pilhas e pilhas de livros comuns de AD&D (livro do jogador, livro do mestre, livro dos elfos, etc) com preços exorbitantes. Eu vi um The Complete Book of Elves por R$ 30,00! Lembro que comprei o meu novinho em folha por R$ 21,00, e isso foi pouco depois que o D&D 3E foi lançado.
No final não comprei nenhum livro lá da feira. No lugar comprei um jogo de PC que adoro chamado Oni. É um jogo bem antigo, e sem muita coisa de fenomenal nele. Mas só paguei R$ 5,50 nele, então tá valendo.

Oficina de Criação e Adaptação no RPG

Após a feira aproveitei para ver o finalzinho da Oficina de Criação e Adaptação no RPG, dos Brunos do D3System. Não peguei desde o início, mas pelo que vi a oficina foi bem legal. No final era uma pequena exposição sobre como ter maior flexibilidade para aproveitar elementos de fora dentro dos jogos e sobre como mudar o que acontece dentro dos jogos para não ter de forçar os jogadores numa direção.
Não foi nada de muito novo, mas acredito que seja uma parte das funções de ser mestre que nunca é demais exercitar. Pena que cheguei tarde, então não participei propriamente da oficina, apenas assisti a atividade e soltei alguns pitacos aqui e alí.
Após esta atividade eu andei um pouco mais pelo encontro e encontrei o pessoal com quem íamos para a saída de noite. Ficamos na arquibancada esperando todo mundo se juntar e jogando conversa fora. Foi bem legal, mas podia ter sido mais se o pessoal não ficasse se dispersando tanto para buscar as pessoas que estavam faltando.

O’Malley’s

Quando todos se juntaram, fomos ao O’Malley’s. E aquele lugar é muito foda. O atendimento foi ótimo; a seleção de bebidas estava boa, apesar de não ter absolutamente nenhuma Beamish, só ter Ye Old Speckled Hen de lata e Newcastle de garrafa (as três que eu costumava beber aqui em Brasília quando ia no O’Reilly’s); e a comida também era muito boa. Devo confessar que esperava mais de lá. Mesmo não tendo grande tradição de freqüentar pubs, os poucos daqui de Brasília que freqüentei (o O’Reilly’s Irish Pub e o Gringo’s American Pub) me deixaram bem exigente em termos de seleção de bebidas e qualidade da comida. Mas acho que isso é uma questão dos lugares daqui serem muito bons, e não do O’Malley’s ser ruim.
Além disso, a companhia foi ótima. Não vou citar porque sei que não tem jeito de eu lembrar de todo mundo, então no lugar vou colocar uma foto:
Graças a esta gangue eu me diverti bastante naquela noite. Bebi ótima bebida e comi um prato de costela de porco tão grande que na hora que a garçonete trouxe um igual para a mesa eu pedi: “Por favor, eu também vou querer um xilofone.”
E que xilofone que era. O prato era tão bonito e cheiroso que eu precisei tirar uma foto antes de comer.
Depois disso fomos embora. Ainda era um pouco cedo, mas não queríamos pagar o couvert que começava 22h. Além do mais, eu estava morrendo de sono. E ainda tinha todo um domingo pela frente. Sobre o qual vou falar em outro post.

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