Tormenta: níveis tecnológicos em Arton

Até hoje muito pouco é dito sobre o desenvolvimento tecnológico artoniano, pois nunca foi uma informação necessária. Com tanta coisa acontecendo no presente, qual a necessidade de olhar para o passado? Mas na série História Militar de Arton nós apresentamos a opção de reviver momentos históricos de Arton em sua mesa, ainda que de maneira superficial, e um maior detalhamento sobre o progresso tecnológico artoniano se faz necessário.
Para detalhar sua campanha, considere três níveis tecnológicos: era da pedra, do bronze e do ferro. Os reinos humanos de Lamnor estão na era da pedra até mais ou menos o ano 100, quando o contato com os elfos começa uma revolução tecnológica através da invenção da escrita humana, que é baseada na élfica. Essa era de bronze permanece até o fim das primeiras guerras de formação do Reinado, com as armas e armaduras de aço temperado começando a ser forjadas em massa por volta da década de 1150. Grandes ferreiros humanos de Zakharov do período mais avançado da idade do bronze já conseguiam forjar o aço temperado, mas o processo de têmpera era ainda precário, e o aço podia ser frágil (50% de chance de se comportar como uma arma de ferro).
Os elfos chegam a Arton já com o domínio da magia e tecnologia atual (de fato, é possível que a tecnologia bélica e compreensão mágica de quase toda civilização artoniana tenha, em algum momento, se baseado na dos elfos), enquanto os anões utilizavam armas e armaduras da era de bronze até pouco depois do início do Chamado às Armas, quando os grandes mestres artesões da raça ensinaram a todos os ferreiros anões seus métodos secretos para forjar aço, com o intuito de que a produção em massa de armas e armaduras de alta qualidade ajudasse a combater os trolls subterrâneos. Já os minotauros, durante sua revolta contra a Liga Orc, utilizavam armas e armaduras da idade do bronze e passam a utilizar o aço mais ou menos na mesma época que os humanos. Os halflings de Hongari possuem os mesmos níveis de desenvolvimento tecnológico dos humanos, de quem na verdade importam suas técnicas.
Civilizações na era da pedra tem armas e armaduras rudimentares, sem acesso a itens metálicos. Armas de cerco são praticamente inexistentes, tornando a única maneira de conquistar cidades fortificadas o assalto da infantaria às muralhas. Armas e armaduras de aço dos elfos ou bronze dos anões são tesouros de reis ou grandes aventureiros, conquistados através de grande custo pessoal ou monetário.
Civilizações na era do ferro tem armas e armaduras feitos deste material, recebendo uma penalidade de ?2 no dano com armas de metal e ?1 na CA de armaduras de metal além de não existirem ainda armaduras pesadas, a cota de malha ou a camisa de cota de malha, sendo a couraça a armadura mais avançada disponível. Também não é possível encontrar espadas longas, floretes e cimitarras neste nível tecnológico. Armas de cerco são desenvolvidas e catapultas e balestras já estão disponíveis.
Civilizações na era do ferro estão no nível tecnológico atual, embora seja possível aplicar uma penalidade de ?1 no dano com armas de metal, além de não existirem ainda a meia-armadura e a armadura completa, para o período inicial dessa era.
É possível adquirir itens de eras mais avançadas, mas eles custam 150% a mais por era de diferença. Uma armadura completa, por exemplo, disponível apenas a partir da era do ferro, custaria 6.000 TO em um reino na era da pedra ou 3.750 TO em outro na era do bronze.
Também é possível limitar o acesso a magias de acordo com o nível tecnológico, tornando cada magia de nível mais alto que um personagem jogador aprenda com o aumento de nível na verdade um avanço da ciência mágica, que ele pode divulgar ou esconder para uso próprio, de acordo com sua tendência. Neste caso, só existirão magias de até 4º nível durante a era da pedra e até o 7º nível durante a era do bronze, novamente com a era do ferro sendo o nível atual de tecnologia.
Indo ainda mais longe, é possível limitar itens mágicos por período histórico. Neste caso, limite os efeitos de itens conforme o nível das magias disponíveis para o período. Um par de botas aladas, por exemplo, estaria disponível na era da pedra, por ter um efeito parecido com voo (uma magia de 3º nível), mas não um tapete voador, pois seu efeito é o de um voo prolongado (uma magia de 5º nível). Já o bônus mágico máximo de armas e armaduras é igual a +3 para a era da pedra e +6 para a era do bronze. Por exemplo, um guerreiro da era da pedra pode ter uma espada curta +3 ou uma espada curta +2 afiada, mas não uma espada curta +3 afiada, pois ela soma um bônus mágico de +4, superior ao máximo para o período.

João Paulo Francisconi

Amante de literatura e boa comida, autor de Cosa Nostra, coautor do Bestiário de Arton e Só Aventuras Volume 3, autor desde 2008 aqui no RPGista. Algumas pessoas me conhecem como Nume.

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3 Resultados

  1. Guilherme D. Vilela disse:

    Os clérigos de Valkaria dizem que se não fosse a ambição, a humanidade estaria nas cavernas. Depois deste post eu acho que se não fossem os elfos, a humanidade estaria nas cavernas.
    Os elfos ensinaram escrita, magia, metalurgia, talvez até técnicas de alvenaria para os humanos. Até os hobgoblins aprenderam a fazer máquinas por influência dos elfos (competição é uma baita influência, vejam a Guerra Fria).
    Pode crer que nossa queda é temporária, voltaremos por cima. Glórienn breve voltará!

  2. Cezzar Mendina disse:

    A questão é que o avanço tecnológico dos humanos em Arton foi bem mais rápido que o resto da humanidade depois de certo ponto….E agora se mantem meio estagnado, sendo a utilização da pólvora a grande novidade.

  3. Arthur Olivetto disse:

    E ainda dizem que os humanos são a raça mais importante. Os elfos tiraram eles da idade da pedra!
    obs:Segundo o Edauros, os elfos caíram por querem uma sociedade perfeita demais( foi como EU interpretei as falas dele)

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