Quando eu era criança, existia um filme de terror que me gerava um medo quase inumano. Não era Sexta-Feira 13, nem A Hora do Espanto ou Poltergeist. Era muito algo muito mais sinistro, coerente e primitivo: Planeta dos Macacos. Esse retrato da impotência humana e da destruição do nosso futuro me davam um medo desgraçado e até hoje sou assombrado por aquelas cenas dos macacos cavalgando enquanto caçam humanos na savana.
Mas nada como um pouco de interpretação catártica para exorcizar a gente desse tipo de coisa. E daí veio a ideia de construir um RPG simples com essa temática, inspirado em coisas bacanas como o Shotgun Diaries e o Lasers & Feelings, que são simples para serem jogados a qualquer momento, sem muita preparação ou recursos. Como a base do cenário é do homem lutando contra um novo rival num duelo entre razão e natureza, tive a ideia de criar um atributo “apostável” chamado de instinto: quanto mais usado, mais chances de vencer um teste, mas mais próximo se ficava do próprio lado primitivo. Assim, dá pra criar uma tensão básica durante a rolagem atrelada com o tema de selvageria.
Além dos Pontos de Instinto, o personagem também conta com Características, que dão bônus em situações onde forem aplicáveis. Tudo isso, somado ao resultado de um dado, precisa ser maior que 10, a dificuldade-padrão. Ou seja, simples o suficiente para ser jogado em qualquer lugar.
Inicialmente o projeto era criar algo jogável com tampinhas de garrafa e outros cacarecos, onde se contaria os sucessos de cada uma, mas decidi trocar pela mecânica básica de 1d6 pra deixar as rolagens mais rápidas. Afinal de contas, no mundo primitivo não existe lugar para análises e cálculos complexos. Agora chega de conversa. Aqui os links para download:
- Versão para impressão: página para confecção de livrinho de bolso.
- Versão para tela: formato widescreen em uma página.
Quem quiser conhecer, aí estão os links para download. E não se esqueça de comentar suas impressões e dar um feedback se jogar com ele. E lembre-se: trate bem aqueles símios do zoológico, porque amanhã um deles pode ser o seu opressor.