O RPG tem sido usado como ferramenta pedagógica, e já não é de hoje. Já na década de 1990, RPGs começaram a ser explorados por seu potencial educativo, aqui no Brasil. O próprio Encontro Internacional de RPG dedicava um dia inteiro a receber escolas públicas para apresentar o jogo e suas possibilidades para professores e alunos.
Ainda assim, é sempre uma surpresa boa ver o RPG sendo usado pedagogicamente, ainda mais com o aval de um governo estadual. A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo está distribuindo kits para os docentes, kits que entre outras coisas incluem um RPG de prevenção ao bullying. A premissa parece interessante: colocar os alunos no controle de seis personagens, adolescentes em alguma situação complexa, e fazê-los abordar pontos de vista diferentes através da vivência controlada que o RPG proporciona.
“Fazer com que o aluno se coloque no lugar do outro permite que ele reflita sobre questões ligadas ao bullying, preconceito e orientação sexual. Assim, eles entram em contato com seus próprios medos, crenças e vulnerabilidades. Cada passo da história é criado pelos participantes, o que amplia e aprofunda a discussão, que também envolve os professores”, explica Claudia Rosemberg Aratangy, diretora de Projetos Especiais da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE).
Talvez não devêssemos reclamar, mas é uma pena que o desconhecimento ainda flutue no meio escolar, mesmo com uma iniciativa tão legal como essa. O artigo da Secretaria da Educação menciona que RPG seria a sigla para “Real Playing Game”. Ou talvez tenha sido mau jornalismo? De um jeito ou de outro, temos a parte boa, que é a inserção do hobby de uma maneira positiva, principalmente depois de tantas polêmicas envolvendo o jogo.
Fonte: http://www.educacao.sp.gov.br/noticias/educacao-adota-jogo-de-rpg-para-prevencao-ao-bullying-na-rede
Imagem cortesia da Wikimedia Commons.