Conheço o João Paulo Francisconi (a.k.a. Nume Finório) há alguns anos. Sempre foi um rapaz muito criativo, muito curioso e sagaz, com um quê de uma honestidade e simplicidade brutais.
Mal sabia eu que ele era um membro da Cosa Nostra.
Quieto no canto dele, trazendo sangue novo para o RPG nacional dia após dia, com outros colegas que ele corajosamente nomeia no primeiro projeto do seu estúdio, ele surpreendeu pela qualidade do primeiro produto – que só está em versão de playtest por enquanto! Deve ser a crise…
O press release do jogo explica tudo com muito mais eloquência do que eu seria capaz:
Estúdio brasileiro prepara Cosa Nostra, um jogo narrativista sobre a Máfia
Cosa Nostra é um jogo narrativo sobre a Máfia. Nele, os jogadores controlam uma organização criminosa e criam uma história memorável de ambição, violência e glamour na América dos anos 30.
Criado pelo Estúdio V, Cosa Nostra será lançado através de uma campanha de financiamento coletivo prevista para começar em janeiro de 2013. Até lá, o estúdio pretende trabalhar numa extensa campanha de playtest durante os próximos dois meses e o feedback da comunidade é essencial para o sucesso do projeto. Sendo assim, reunimos de forma simplificada nesta versão Beta:
· Todas as regras necessárias para o jogo;
· Breve resumo da história da máfia siciliana, desde sua origem em terras italianas à suas ramificações em solo norte americano;
· Uma descrição da hierarquia e tradições da Cosa Nostra;
· Dicas de narrativa para iniciantes.
Faça parte da Cosa Nostra e ajude a contar histórias sobre pessoas importantes que acabam, em algum momento de suas vidas, acordando com cabeças de cavalo em suas camas!
Não sou exatamente um jogador experiente em termos de jogos narrativistas (mentira). Meus primeiros contatos com eles já vão de anos, com pequenas pérolas indies como My Life With Master e Polaris, emprestados anos atrás por um amigo. Claro, conforme os anos se passaram, fui incluindo outros na lista como o genial Dogs in the Vineyard e com a ascensão do gênero no Brasil, belezinhas como o Violentina, Espírito do Século e The Shotgun Diaries.
Cosa Nostra não fica devendo nada a nenhum deles. A qualidade do material de playtest já é bem alta – o que dá um gostinho e uma vontade de saber como vai ficar o material final. Bem diagramado, fácil de ler, talvez um pouco resumido demais – mas claro, esse é o ponto de uma versão resumida, de playtest. Pra não ficar só nos elogios, tem alguns errinhso de digitação (risos) e um único comentário “corretivo”: na página 9, fala-se em “descendência puramente siciliana” quando obviamente o sentido é de se possuir uma ascendência puramente siciliana. Descendência são seus filhos e netos, galera, não confundam!
Se você se interessou, faça-se um favor e acesse a loja da Editora Retropunk, que está hospedando a versão de playtest do jogo. Experimente. E aí (se você tiver coragem) fale com Don Francisconi sobre o que você achou. Ou aqui nos comentários mesmo. De um jeito ou de outro ele vai ficar sabendo…
Imagem: Divulgação / Estúdio V