Tormenta 4e: Raças de Personagem I

Como disse na segunda, resolvi dar início aos esforços de adaptar o cenário de Tormenta para o Dungeons & Dragons 4ª Edição. Vou começar de levinho, primeiro falando apenas brevemente sobre como está a situação das raças comuns a Tormenta e ao D&D.

Anões

A terceira raça não-humana mais numerosa. Quase todos os anões vivem em Doherimm, seu gigantesco e secreto reino subterrâneo. Já na superfície eles são mais raros, normalmente compondo cerca de 5% da população dos reinos, excetuando Tollon, onde eles formam 10% da população.
Anões comumente veneram Khalmyr, o deus da Justiça. Ele é a divindade mais venerada entre eles. Logo depois vem Tenebra, a deusa das Trevas, a criadora original da raça.

Os conhecedores do cenário podem dar falta de menção ao efeito de contra-ataque mental que ocorre quando alguém resolve perscrutar a mente dos anões com magia ou poderes similares para descobrir o caminho para Doherimm. Resolvi não tornar isso uma característica racial, como era anteriormente. Estou pensando em tornar um ritual que seria comum no reino dos anões. Mas ainda não sei. Se tiverem uma sugestão, coloquem nos comentários.

Elfos

Os elfos de Arton são fisicamente bastante semelhantes aos elfos padrão. Entretanto, os nativos daqui comumente apresentam algum traço exótico diferenciado, como cabelos de cores estranhas, olhos parecidos com os de animais, patas, caudas.
Atualmente os elfos vivem em condições miseráveis graças à queda de Lenórienn, seu antigo lar, sendo obrigados a viverem sempre como forasteiros.
Elfos comumente veneram Alihanna, Khalmyr, Lena ou Marah. Alguns ainda veneram Glórienn, mas este número só tem caído desde a época na qual os elfos foram obrigados a viverem longe de seu lar.

Halflings

Estas criaturas não ultrapassam os 90cm de altura, possuem os pés bastante peludos e jamais calçam sapatos. Apenas os aventureiros da raça possuem este costume de usar calçados. Apreciadores da paz e tranqüilidade, mesmo sendo a raça não-humana mais comum de Arton, talvez o tipo mais raro de aventureiro que pode encontrar é o aventureiro halfling.
Os Halflings possuem um reino próprio, Hongari. Mas também são comumente encontrados em qualquer civilização humana. Seus modos pacatos geralmente os tornam bastante benquistos onde quer que estejam.
A maioria dos Halflings venera Marah, a deusa da Paz. Inclusive, muitas pessoas pensam erroneamente que estes foram criados por ela. Mas nos anos recentes tem havido um movimento forte na raça para retornarem a venerar Hyninn, o deus da Trapaça, criador original da raça.

Humanos

Indiscutivelmente a raça dominante de todo o Reinado. Excetuando Tapista e Doherimm – reinos dos minotauros e dos anões, respectivamente – os humanos são de longe a raça mais presente e politicamente influente.
Humanos veneram todos os deuses do Panteão e ainda uma quantidade enorme de deuses menores. Khalmyr deve ser a divindade mais comum, sendo seguido de perto por Valkaria. Mas ainda assim, os humanos são conhecidos por sua diversidade de hábitos, culturas e também de deuses.

Meio-Elfos

Meio-Elfos são um fenômeno bastante característico da peregrinação élfica para terras humanas. Antes disso nunca se ouvia falar de meio-elfos.
Nascidos de uma união mestiça, eles agregam em sua cultura muitos traços misturados de maneirismos élficos com costumes comuns das diversas terras humanas. O que resulta em uma cultura bastante rica, apesar de ser também bastante menosprezada por sua origem derivada.

Por hoje é só:

Bom. Por enquanto é isso. Na próxima parte teremos a situação das raças novas do Livro do Jogador (Draconatos, Eladrins e Tieflings) em Tormenta.

CF

Advogado de regras de dia. Combate o crime vestido de alce à noite.

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6 Resultados

  1. Tek disse:

    Depois das raças novas vai abordar as raças “novas” para PJ do cenário? Que lembro seriam sprite, meio-gênio, centauro, goblin, minotauro – esqueci alguma?
    Acho que seria mais produtivo apresentá-las antes das raças novas.

    • CF disse:

      Não seria mais produtivo, não. Concordo que seria mais intuitivo. Mas é melhor me dar um prazo de dois dias para fazer o fluff de dois ou três parágrafos para três raças e o de cinco para recriar duas do zero. 😉

  2. cesar/kimble disse:

    O minotauro já saiu como raça para jogadores numa Dragon Magazine (aquela de gladiadores, que eu lembre). Poderia olhar lá pra tirar umas idéias.

  3. Dan Ramos disse:

    Quanto aos anões, poderia ser um ritual usado na cachola de cada anão que saísse de Doherimm, ficando dormente até que o cara recebesse alguma forma de perscrutação mental. Podiam rolar uns plots bacanas de anões malignos ou pilantras que escaparam desse procedimento e porventura a localização do reino acaba sendo sabida por algum mago escroto, algo assim.
    Essas “características exóticas” dos elfos poderiam ser melhor explicadas, como algo proveniente do ambiente, a magia latente, algo pra não ficar só na razão verdadeira =P.
    Você pode separar já os elfos dos eladrin, dizendo que os elfos de Lenórien mais eruditos seriam os elads e os elfos selvagens (que se não me engano habitavam e ainda há alguns raros na região circunvizinha da cidade, em Myrvallar) sendo elfos (aquele esquisito dos quadrinhos Dungeon Crawlers já tem cabelo verde…)
    Os draconatos e tieflings podem vir de impérios perdidos em Lamnor facinho, facinho. =D

  4. CF disse:

    Estou escrevendo agora mesmo o fluff das três raças novas. Draconatos e Eladrins não têm nada a ver com o que sugeriu. Eu tenho uma idéia bem legal de como integrá-los. Mas até aí, a minha opinião não é nem um pouco oficial.
    Já os Tieflings, eu estava pensando em simplesmente relacioná-los aos Sulfures – já que os sulfures são justamente os antigos tieflings da 3E. Mas gostei da sua sugestão e vou aproveitar o fato de Tormenta ter dado nomes próprios para os tieflings na 3e, aliado à mudança de fluff dos bichos na D&D4e, para apresentá-los realmente como uma raça diferente dos tocados pelos planos. E digo mais: vou aproveitar a idéia do antigo império de Lamnor, mas com um pequeno twist. Vou tentar justificar seu aparecimento só agora.
    Ainda assim, valeu pelas sugestões. Sei que posso contar com a sua criatividade para esse tipo de coisa.

  5. Hatory disse:

    Galera, eu estou atualmente mestrando uma adaptação feita por mim para Tormenta 4E…
    Nesse caso dos anões, ela é uma característica regional daqueles nascidos em Doherimm…
    Usei como base os livros Tormenta 3.5 para adaptar essa idéia.
    By Hatory

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