Carta Aberta do Ex-Editor da Dragão Brasil

Nesta tarde o Sílvio Martins, até então editor da Dragão Brasil, colocou em seu blog uma carta aberta informando que ele deixou o cargo na revista. É uma pena. O Sílvio realmente parecia levar o trabalho a sério, e não apenas ver aquilo como um trampolim para a auto-promoção. Mas não há muito o que fazer.
Eis a carta na íntegra:

Dragão Brasil – carta aberta aos leitores
Trabalhar com RPG tem sido uma constante em meu currículo. Além de uma diversão saudável e recheada de amigos, o RPG me proporciona um exercício intelectual e uma proximidade com a imaginação que poucos outros trabalhos podem oferecer.
Quando aceitei o trabalho de remodelar a Dragão Brasil, meu objetivo era poder trazer um enfoque mais maduro e mais aberto sobre o RPG e o nosso universo de jogos e jogadores no Brasil. Trazer parte da minha vivência para ajudar não apenas o jogador brasileiro, mas o mercado que vive em torno dele.
O projeto enfrentou dificuldades como qualquer um que se propõe a remodelar e reinventar uma revista. Mas todos os problemas foram superados com determinação, amor à camisa e profissionalismo por parte de todos os envolvidos no projeto. Depois de 3 números e uma indefinição sem fim por parte da editora, eu estou declarando abrir mão do projeto, deixando o cargo de editor da revista Dragão Brasil.
Infelizmente não está sendo possível esperar uma definição e postura da editora em relação ao trabalho e as pessoas envolvidas no projeto. Venho aguardando uma definição da editora que infelizmente não se posiciona enquanto a continuidade ou cancelamento da revista Dragão Brasil.
Meu trabalho e de colegas que colaboram comigo poderão ser à partir deste momento, encontrados em futuras publicações online em meu blog e em participações em outros meios.
Agradeço profundamente a todos os que apoiaram, colaboraram e que de uma maneira ou outra acreditaram que o projeto poderia dar certo.
Agradeço mais ainda à comunidade virtual Drão Brasil no Orkut pelo apoio, críticas, observações e carinho durante todo o trajeto.
Agradeço às publicações virtuais, como Nivel Épico, Vulto Salvador, Beholder Cego, entre tantas.
Agradeço também ao apoio da Moonshadows que sempre acreditou no projeto, na Jambô, Devir, Daemon e em diversos profissionais de várias áreas diferentes que de uma forma ou outra fazem o RPG brilhar no Brasil.
Meu profundo obrigado.

Tirado de: Diário de um Roleplayer, o blog do Sílvio Martins
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Ouvindo: Tragedie – Gentleman
via FoxyTunes

CF

Advogado de regras de dia. Combate o crime vestido de alce à noite.

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2 Resultados

  1. Diego disse:

    Há anos não acompanho as DBs da vida. Sei também, que é uma perda para o mercado brasileiro e para nós do público rpgista, mas na minha opinião, a revista está fadada ao fracasso. Depois que a revista começou a Forçação de barra entre a assossiação do RPG com o Anime (Nada contra os Animes da vida, eu mesmo sou fã e assisto um monte: DBZ, Death Note, Bleach, etc) pra encorajar novos consumidores e em seguida a forçação de barra com o 3D&T e o Tormenta, aquilo encheu o saco. E perceberam tarde demais, que aqueles que compravam a revista não compravam mais, e que o material era pobre… por mais que troquem o editor da revista, reconsquistar um público alvo decepcionado é muito mais difícil que conquistar novos mercados. Torço piamente para o cancelamento da mesma.

  2. Daniel "Odrysius" disse:

    Também comecei perder contato com a revista quando ela se tornou vavula de escape para outro movimento, muitos desenhinhos sem sentido e sem historia… Se eles tivessem seguido por uma vertente mais séria…mas…
    Também declinaram em noticias (era só ver os sites das empresas mais importantes e traduzir as novidades…).
    E o foco no cenário retalho deles (só não sei como não foram processados pelos plágios descarados… especulo todavia…) medonho, inclusive dentro do próprio sistema deles…
    O Sr. Silvio tentou…

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